Santo António e outros feriados deixam Portugal com falta de obstetras para assistir aos partos

pregnant woman exam

pregnant woman exam Source: Getty Images/sturti

O encerramento ou redução dos serviços de urgência por falta de médicos é um problema transversal em Portugal e que não é novo, ocorrendo, sobretudo, nos períodos de férias ou de acumulação de feriados.


Este meio de junho tem fim-de-semana prolongado de quatro dias em Lisboa (com as festas da cidade e as noites em que ninguém dorme para celebrar o Santo António com as sardinhas assadas, as febras, a sangria e muita dança), que levam a que entre 10 e 17 de junho só haja dois dias laborais gerou crise em muitos hospitais.

Muitos médicos, exaustos ainda pelo desgaste de dois anos de pandemia, puseram-se a descansar nestes dias de calor intenso e praia sedutora.

Assim, em muitos hospitais fecharam serviços de atendimento.

Os mais atingidos foram os de obstetricia , onde a ausência de um elemento da equipa é o bastante para impedir o acompanhamento ideal de um parto.

As equipas de urgência de Ginecologia-Obstetrícia e Bloco de Partos têm um mínimo exigido de clínicos especialistas presentes para poderem funcionar.

Esse número varia em função do total de partos anuais e do tipo de serviço prestado por cada uma das unidades de saúde, podendo ir de dois a seis médicos – nas equipas de maior dimensão é possível suprir um dos médicos por um interno da especialidade ainda em formação.

É assim que por estes dias em vários hospitais portugueses os serviços de obstetrícia estão em serviços mínimos.

Nenhum parto, mesmo que complicado, fica por realizar, Em todas as cidades e regiões está ativada a rede para atendimento, ou seja, há um hospital publico que acolhe a grávida e a atende.

Mas há muitas vozes a protestar.

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