Há 4 causas principais para as 8200 pessoas que em Portugal vivem na rua: dependência de álcool ou substâncias psicoativas, desemprego ou precariedade e insuficiência financeira são os principais motivos na origem de situações de sem-abrigo.
Os dados são de um inquérito realizado pela Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), que dá conta da existência de 8200 cidadãos sem teto em todo o país. Destes, 4786 estão concentrados na Área Metropolitana de Lisboa e 1213 na região do Porto, as duas principais cidades nacionais e aquelas em que as dificuldades no arrendamento são mais notórias.
Os efeitos da pandemia estão a aumentar o número de casos de vulnerabilidade com gente da classe média a perder por ano e meio, nalguns casos (por exemplo o apoio ao turismo) todo rendimento.
O governo decretou até final deste ano moratória no pagamento de rendas e de outras obrigações. As empresas de luz, água, gás e comunicações foram proibidas, até final do ano) de fazer cortes de fornecimento. Mesmo assim quase duplicou em ano e meio o número de pessoas que vivem sem tecto, muitos debaixo de um viaduto ou nos bancos de uma central de transportes, há mesmo que tenha passado a viver num automóvel ou numa velha carrinha.
Equipas de solidariedade estão na rua todos os dias a levar alimento a quem mais precisa.