A pandemia fez duplicar o número de pessoas em Portugal a viver na rua: contados 8.200 sem-abrigo

A homeless man sleeps in a laneway in Melbourne

Source: AFP(Photo by WILLIAM WEST/AFP via Getty Images)

A dependência de álcool ou substâncias psicoativas, desemprego ou precariedade e insuficiência financeira são os principais motivos na origem de situações de sem-abrigo. Confira na crônica desta semana do correspondente do Programa Português da Rádio SBS em Lisboa, Francisco Sena Santos.


Há 4 causas principais para as 8200 pessoas que em Portugal vivem na rua: dependência de álcool ou substâncias psicoativas, desemprego ou precariedade e insuficiência financeira são os principais motivos na origem de situações de sem-abrigo.

Os dados são de um inquérito realizado pela Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), que dá conta da existência de 8200 cidadãos sem teto em todo o país. Destes, 4786 estão concentrados na Área Metropolitana de Lisboa e 1213 na região do Porto, as duas principais cidades nacionais e aquelas em que as dificuldades no arrendamento são mais notórias.

Os efeitos da pandemia estão a aumentar o número de casos de vulnerabilidade com gente da classe média a perder por ano e meio, nalguns casos (por exemplo o apoio ao turismo) todo rendimento.


O governo decretou até final deste ano moratória no pagamento de rendas e de outras obrigações. As empresas de luz, água, gás e comunicações foram proibidas, até final do ano) de fazer cortes de fornecimento. Mesmo assim quase duplicou em ano e meio o número de pessoas que vivem sem tecto, muitos debaixo de um viaduto ou nos bancos de uma central de transportes, há mesmo que tenha passado a viver num automóvel ou numa velha carrinha.

Equipas de solidariedade estão na rua todos os dias a levar alimento a quem mais precisa.



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