São os novos pobres criados pela pandemia. São aqueles que neste último ano de crise, cruzaram a linha da pobreza abaixo da qual as pessoas são pobres. Ficaram com menos de 6100 euros ao fim de um ano de trabalho.
A conclusão resulta de um estudo sobre a pobreza em tempos de pandemia feito pelo Center of Economics for Prosperity (PROSPER) da Universidade Católica de Lisboa.
Com o título O impacto da Covid-19 na Pobreza e na Desigualdade em Portugal e o efeito mitigador das políticas de proteção, este trabalho de investigação demonstra que sem os apoios extraordinários aplicados pelo Governo, “o confinamento inicial de oito semanas teria produzido aproximadamente o mesmo impacto sobre a pobreza do que o calculado para um ano inteiro”.
Concretamente significa que os apoios do Governo como o lay-off simplificado para trabalhadores por conta de outrem ou os apoios extraordinários para trabalhadores independentes contribuíram para reduzir o número de novos pobres; sem essas medidas, o aumento da taxa de pobreza no ano inteiro seria seis vezes superior aos 25% verificados com os apoios.
O estudo conclui que estes dados são alarmantes. Os efeitos desta nova pobreza são fortes e duradouros porque criam cicatrizes nas pessoas mais afetadas, naquelas que têm mais dificuldade em voltar ao mercado de trabalho e a um emprego com rendimento comparável àquele que tinham antes da crise. Nesse sentido, este número é alarmante, é preocupante