O 10 de Junho é o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Normalmente celebrado simultaneamente com pompas de Estado e marcantes e estratégicos discursos solenes, também com festa popular que se prolonga por 2 ou até 3 dias.
Neste 2020, por causa da pandemia, a celebração não deixa de ser solene, mas fica sem o lado festivo, é minimalista.
Em vez de três dias festivos, bastará pouco mais de meia hora para se assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, num lugar altamente simbólico, o Mosteiro dos Jerónimos.
Será uma sessão singela, com o hastear da bandeira e o toque do hino nacional, sem desfile militar (um pequeno contingente estará presente, mas sem se movimentar). O Presidente da República irá depois depositar uma coroa de flores no túmulo de Luís de Camões e, de seguida, discursará nos claustros do Mosteiro, com a presença um número simbólico de convidados. Apenas oito, o presidente do parlamento, o primeiro-ministro, os presidentes dos tribunais superiores, o chefe de estado maior das forçar armadas e o cardeal patriarca.
Dois discursos apenas: o do Presidente da República e o do orador convidado, José Tolentino de Mendonça, poeta e padre, o cardeal que o Papa escolheu para dirigir a Biblioteca do Vaticano.
Discursos, certamente, sobre a confiança necessária para o relançamento da vida após a tormenta da pandemia.
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