Retorno de estudantes brasileiros à Austrália: "eu acredito que para abrir 100% vai ser só em julho do ano que vem", diz brasileira dona de escola em Sydney

Applications for Australia Awards Scholarships will open from next week

Applications for Australia Awards Scholarships will open from next week Source: Getty Images/urbazon

Paula Mills, fundadora e CEO da sua própria empresa, uma escola de empreendedorismo para alunos internacionais, em Sydney, disse que os estudantes internacionais devem começar a voltar à Austrália em pequenos grupos já em dezembro. Porém, a maioria deve conseguir retornar à Austrália somente em julho do ano que vem.


Sabemos que o Brasil é o quinto país que mais envia estudantes internacionais para a Austrália, sendo o primeiro país fora da Ásia com mais estudantes estrangeiros.
O governo anunciou que a partir de novembro, após mais de um ano e meio, vão reabrir as viagens internacionais, para o alívio de muitos brasileiros que desejam retornar à Austrália.
Cerca de três mil brasileiros com visto de estudante ficaram no Brasil sem poder voltar para a Austrália após o fechamento das fronteiras internacionais por conta da pandemia.
A brasileira Paula Mills, fundadora e CEO da sua própria empresa, uma escola de empreendedorismo para alunos internacionais, em Sydney, disse que os estudantes internacionais devem começar a voltar à Austrália já em dezembro.
Paula Mills: "Por muitas gerações, o 'business' era focado em fazer dinheiro e previa prejuízos da natureza, etc. Agora, falamos em empreendedorismo social"
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"Eles devem trazer grupos de 250 estudantes a partir da semana depois do Natal. Já estão confirmados três grupos e de duas em duas semanas vem um grupo de 250 alunos que já estavam matriculados na Austrália, mas eu acredito que para abrir 100 por cento vai ser só em julho do ano que vem", disse Paula Mills.

Confira abaixo, na íntegra, a entrevista de Paula Mills dada à SBS em Português:

SBS –  Sabemos que o Brasil é o quinto país que mais envia estudantes internacionais para a Austrália, o primeiro país for a da Ásia. O governo anunciou que a partir de novembro, após mais de um ano e meio, vão reabrir as viagens internacionais. Nós sabemos que três mil brasileiros com visto de estudante ficaram no Brasil sem poder voltar para a Austrália. Como você trabalha com estudantes universitários, qual é a sua expectativa da volta dos estudantes brasileiros para a Austrália?

Paula Mills – "Eles devem fazer por fases. Não são fatos o que eu vou dividir, mas é o que eu acho que vai acontecer. Eles devem trazer grupos de 250 estudantes a partir da semana depois do Natal. Já estão confirmados três grupos e de duas em duas semanas vem um grupo de 250 alunos que já estavam matriculados na Austrália.

Eles também devem avaliar com vai ser o registro e reconhecimento das vacinas, acomodação e quarentena. E a partir daí, eles devem abrir para mais estudantes. Então, eu imagino que em meados do final de janeiro e início de fevereiro eles devem começar a abertura para vistos.

A nossa dificuldade no momento é conseguir voos, porque ainda não tem a aprovação de voos entre o Brasil, o Chile e a Austrália. É um relacionamento entre o Departamento de Educação e as linhas aéreas.

O meu cálculo é que mais ou menos em julho do ano que vem deve voltar ao normal de aplicar para o visto e em um mês chegar na Austrália. Mas, eles vão abrir o mais cedo possível em etapas.

A primeira etapa agora é em novembro para voltar o maior número de residents australianos. Em dezembro, o primeiro grupo de estudantes internacionais e os demais chegando de duas em duas semanas. Isso para NSW.

Existe muita pressão no governo para trazer de volta os estudantes e a gente sabe que o governo está fazendo seu máximo. A gente viu muitas mudanças positivas nos últimos dias. Mas, eu não vejo antes de julho do ano que vem ser tão fácil quanto antes. Mas os estudantes já podem começar a se matricular na escola, aplicar para o visto e se preparar.

A gente sabe que foi muito duro para as escolas, mas a maneira como a Austrália administrou a pandemia foi um exemplo para o mundo inteiro. E isso vai atrair muito mais estudantes do que a gente tinha.

A gente deve ter um super boom na nossa economia, mas entre vistos, aviões, quarentena e processo de reconhecimento de vacinas, eu acredito que para abrir 100 por cento vai ser em julho."




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