A ideia é liderada pela cidade de Coimbra, um dos mais antigos centros universitários na Europa.
Todos os anos há uma cidade escolhida para Capital Europeia da Cultura. A escolha é feita com antecedência para que o programa possa ter acontecimentos especiais, relevantes.
Coimbra é candidata a capital europeia daqui a cinco anos, 2027.
Coimbra propõe nessa candidatura a Capital Europeia da Cultura, instalar o Pólo Europeu da Língua Portuguesa.
Há a intenção de que mesmo que Coimbra não seja a escolhida para esse ano de capital europeia, o Pólo deverá ter condições para avançar autonomamente e ficar instalado.
Este é, pelo menos, o entendimento de António Pedro Pita, investigador, professor catedrático do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e membro do grupo de trabalho da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura em 2027.
Ele esteve no Brasil, onde visitou o Museu da Língua Portuguesa e teve reuniões com a equipa da Fundação Roberto Marinho e com alguns dos principais mecenas do projeto e conta que teve oportunidade de conversar com alguns responsáveis do Museu, na sequência, aliás, de contactos anteriores, e confirmou perspetivas muito positivas.
Na primeira visita que fez ao Museu, há mais de uma década, antes ainda do incêndio em dezembro de 2015, António Pita diz que trouxe “a impressão de uma grande novidade”: “ Teve um grande impacto.”
E esse sentimento voltou a ser posto à prova nesta recente viagem. “Mantendo-se o conceito geral do Museu, que é a musealização de uma língua na sua diversidade, na sua pluralidade, foram aprofundados – diz António Pita ao jornal Público - alguns aspectos do ponto de vista científico, não só da utilização da língua, mas do modo como se comunica esta ideia: a língua, frisa, é importante para o pensamento. E é aprofundada toda a dimensão tecnológica, que fez ganhar espaço ao museu. Porque aquilo que não podia deixar de ter uma materialidade na versão anterior assume agora uma configuração digital. Além de ter outras coisas que o favorecem, como a bela cafetaria e um terraço magnífico, que permite uma visão de 360 graus por toda aquela zona histórica de São Paulo.”
É o que Coimbra quer ampliar também a Portugal.
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