Portugal tem uma unidade de acompanhamento permanente da emergência Covid nos países lusófonos.
A máxima preocupação neste grupo é o Brasil, sendo que em relação a Timor o quadro suscita confiança: está confirmado que um voo fretado pela UNICEF transporta espera-se que amanhã, 24 mil doses de um primeiro lote de vacinas a serem administradas já nesta semana que entra.
Tem havido grandes esforços para apressar a chegada a Dili desse primeiro lote, esta chegada já chegou a estar prometida por várias vezes, mas o fornecedor não tem cumprido.
Agora, sim, parece confirmar-se: 24 mil doses de vacinas esta semana em Dili. Claro que é ainda uma pequeníssima parte das necessidades. O resto virá a seguir.
Portugal, atualmente a presidir ao Conselho de Ministros da União Europeia, tem pressionado para que a europa mostre a sua solidariedade com fornecimento de vacinas a países que ainda não garantiram as necessidades.
Gesto já assumido pelo governo português: um milhão de doses das vacinas do stock europeu para Portugal vão ser dedicadas a Timor e aos países lusófonos em África.
Mas isso só vai acontecer no segundo semestre deste ano, quando o fornecimento de doses o permitir.
Até agora, Portugal recebeu um milhão e meio das cerca de 20 milhões de doses que comprou.
Está vacinado em Portugal o pessoal de saúde e 80% da população com mais de 70 anos. Isto significa apenas 10% do total.
Portugal mantem fechadas as fronteiras com a vizinha Espanha, isto apesar de estes serem os dois países europeus com, neste momento, menor número e percentagem de contágios.
O movimento aéreo também está parado.
Repito que grande preocupação portuguesa é, neste momento, o descontrolo da pandemia no Brasil.
Em relação a Timor são elogiadas medidas de cerca sanitária adotadas pelo governo timorense, para evitar contágios a partir dos casos detetados nestas últimas semanas.
Agora, o essencial é conseguir vacinas – palavra de ordem escutada do responsável em Lisboa pelo acompanhamento da emergência Covid na lusofonia.