Também marca datas importantes na história dos aborígenes australianos: o referendo de 1967 e a decisão Mabo de 1992.
Por 60 mil anos, os aborígenes e os ilheus do Estreito de Torres estão vivendo na Austrália.
Quando o Capitão Cook chegou aqui, na baía de Botany, em 1770, ele declarou que a Austrália era "terra nulllius", significando que era inabitada.
O que é considerado o período da colonização desde a perspectiva britânica é chamado pelos indígenas de invasão.
O líder Patrick Dodson é considerado o pai da reconciliação aborígene na Austrália.
Ele foi o primeiro padre católico aborígene no país e por muitos anos foi o presidente da Conselho para a Reconciliação Aborigene e é hoje senador no parlamento em Camberra.
Ele lembra da vida dos aborígenes antes do referendo de meio século atrás, quando as leis detemrinavam aonde os aborígenes poderiam morar, para onde poderiam viajar, com quem eles poderiam casar ou se tinham o direito de ser os guardiães dos seus próprios filhos.
"You grew up under this fear that someone in authority called the 'native protector' could intervene in your life and remove you to a mission or a settlement for whatever reason.
If you weren't doing well at school or being mischievous or you didn't wear the right sort of clothes, you could be removed, or if you started speaking your own language, if you started to visit old people who were sitting down in the camp somewhere."
Cinquenta anos atrás, no referendo, mais de 90 por cento dos votos foram a favor de incluir os aborígenes na contagem da população da Austrália e, 25 anos depois, Eddie Mabo fez história ao ganhar um caso na justiça aonde o título nativo das terras aborígenes foi reconhecido pela primeira vez.
Mas Patrick Dodson diz que ainda há muito a avançar para resolver temas polêmicos entre indígenas e não-indígenas da Austrália.
"Reconciliation in terms of the original injustices to aboriginal people is a long way off so that's why you have many aboriginal people today calling for treaties or to have their sovereignty recognised or for some form of compensation for the dispossession that's happened.
And the governments have got to find some mechanism to deal with that so we're a long way from a reconciliation of equals."