Desta vez, nada poderá continuar igual: foi detido por indícios de crimes de abuso de confiança, burla, falsificação, fraude fiscal e branqueamento.
Conforme o que lê nas 90 páginas dos mandados d busca e detenção emitidos pelo superjuiz, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, terá montado um esquema em que participaram o filho Tiago e o empresário Bruno Geraldes Macedo, todos detidos esta quarta-feira, para desviar dinheiro do Benfica.
Mas também há acusação de burlas ao Estado, estimadas em 100 milhões de euros. Os mandados judiciais, descrevem vários esquemas de fraude que terão causado prejuízo não só à SAD benfiquista, como ao Novo Banco e ao Estado português, quer através de impostos não cobrados quer através de injecções de capitais públicos no Novo Banco e de financiamento ao Fundo de Resolução.
Um dos detidos é o advogado e agenciador de futebolistas Bruno Macedo. É o empresário que conduziu a operação Jorge Jesus no Flamengo e regresso ao Benfica, também a transferência de jogadores como Lucas Veríssimo.
Segundo a acusação, este advogado-empresário aumentava indevidamente as comissões inerentes à venda de jogadores, que depois reverteriam para as empresas do universo de Luís Filipe Vieira.
Está ainda por avaliar as consequências deste caso na vida do clube Sport Lisboa e Benfica. Parece inevitavelmente o afastamento do presidente que nos últimos 18 anos foi a figura cimeira do clube. Admite-se que o antigo futebolista e atual vice-presidente, Rui Costa, assuma transitoriamente a presidência do Benfica, mas já se nota muito vigor na exigência de eleições antecipadas no clube.