Em palavras, o retrato feito por é assim: “Timor-Leste desperta o desejo de contemplação: o mar, o céu, as montanhas, a luz – as gentes. Timor tem uma beleza única, crua, inebriante, com gente cujo sorriso é diretamente proporcional à abnegação e ao sofrimento vivido”.
Isabel Nolasco domina a palavra, mas a arte maior dela, que até se fez paixão é a de fotografar. E mostra-o no livro de fotografia “Timor-Leste – Do Paraíso | Husi Paraízu”, apresentado no Museu do Oriente, em Lisboa.
A autora, a fotógrafa Isabel Nolasco, por formação é jurista, há mais 30 anos, 10 dos quais vividos em Timor onde chegou no tempo da proclamação da independência, há 20 anos, para trabalhar como consultora da ONU e depois também no Parlamento Nacional de Timor-Leste, como especialista em administração.
Neste livro “Timor-Leste – Do Paraíso, Husi Paraízu”, Isabel Nolasco mostra Timor em múltiplas dimensões: as suas paisagens, as suas pessoas, a sua arquitetura, elementos do sagrado, e fotografia de rua, e mostra tudo em fotografias a cores e a preto e branco.
O percurso das imagens está definido nos 4 capítulos em que este livro se organiza: “Do Paraíso”, “Do Sagrado”, “Do Profano”, e “Da Alma de um Povo".
O Nobel da Paz e ex-presidente timorense José Ramos Horta assina o prefácio, e o posfácio é de Ana Gomes, sempre primeira embaixadora na causa de Timor-Leste.
No livro também lemos testemunhos de personalidades como Mari Alkatiri, Luís Cardoso de Noronha (Takas), Milena Pires, Ângela Carrascalão, Vicente Guterres, Crisódio Araújo, Madre Guilhermina Marçal ou João Paulo Esperança.
Isabel Nolasco conta que quer com este livro mostrar o que os olhos dela viram e que a enterneceu em Timor. Sentiu em Timor a possibilidade de esperança, que vê nos olhos das tantas crianças protagonistas nas páginas deste livro que nos retrata precisamente – a possibilidade de um paraíso. Esperança para Timor.
O livro é publicado em português e em tétum. Isabel Nolasco reconhece que não se volta igual de uma estada em Timor-Leste. Ela quis “captar com a câmara o que viu com o coração”.
