"O crime foi muito violento, muito grave, muito cruel,” acrescentou o delegado Fábio Cardoso. Segundo ele, Santoro é considerado réu por feminicídio no Brasil.
Cardoso disse também que a polícia carioca pediu detalhes da investigação da polícia australiana e da Interpol, mas até agora não recebeu resposta.
Talvez Santoro jamais seja julgado na Austrália já que é inconstitucional para o Brasil extraditar seus cidadãos.
De acordo com a agência de notícias AAP, detetives da delegacia de homicídios de Nova Gales do Sul estão prontos para viajar para o Brasil, apenas a espera de que “protocolos internacionais” sejam seguidos. "A polícia de Nova Gales do Sul continua trabalhando e seguindo todos os processos do Commonwealth para concluir a investigação com sucesso," disse um porta voz da polícia a AAP.
O corpo da empresária brasileira, de 38 anos, foi encontrado boiando em um rio no dia 29 de abril, mesmo dia que seu ex-namorado chegava no Rio de Janeiro.
As reportagens sendo publicadas no Brasil inclusive citam a causa da morte da executiva brasileira: asfixia por estrangulamento.
A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de Santoro e o acusou de assassinato na quinta-feira. Policiais da 18ª Delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam o engenheiro Mário Marcelo Ferreira dos Santos Santoro, no domingo 8 de julho.
Santoro disse a um advogado que ele era inocente, de acordo com uma reportagem do jornal brasileiro O Globo.
Se achado culpado, Santoro poderá ser condenado a 30 anos por assassinato e outros três por esconder o corpo, disse Felipe Cardoso. Ele disse ainda acreditar que as condições das prisões brasileiras são "muito piores" do que as da Austrália.
O irmão de Haddad, João Müller Haddad, disse ao jornal The Guardian que ficou impressionado com a ação das polícias brasileira e australiana. "Eu não sei se foi um alívio porque minha irmã não vai voltar, mas temos a sensação de que a justiça está começando a ser feita", disse ele. “Estamos muito impressionados com a eficiência da polícia australiana tanto quanto com a polícia brasileira”.
DOS ARQUIVOS DA SBS PORTUGUESE
Polícia brasileira confirma investigação do suspeito da morte de Cecília Haddad