Mário Marcelo Santoro, que não foi formalmente acusado e está atualmente no Brasil, é o principal suspeito na investigação da morte de Haddad, de 38 anos, cujo corpo foi encontrado em um rio em abril.
"A polícia de Nova Gales do Sul não está em posição de comentar sobre a investigação nesta fase", disse um porta-voz em um comunicado na quarta-feira.
A Austrália e o Brasil têm um longo tratado de extradição que, nominalmente, abriria o caminho para Santoro ser trazido de volta à Austrália.
No entanto, o processo pode ser complicado porque o Brasil, por motivos constitucionais, geralmente não responde a pedidos de extradição de cidadãos que cometeram ofensas em países estrangeiros.
"O governo australiano não revela se fez ou pretende fazer um pedido de extradição para um país estrangeiro até que a pessoa seja presa ou levada perante o tribunal em um país estrangeiro," disse o Departamento de Procuradoria Geral da República em um comunicado.
Dois jovens em um caiaque descobriram o corpo de Cecília Haddad no rio Lane Cove, perto de Woolwich, no domingo, 29 de abril, um dia após o ex-namorado de Cecília, Mário Marcelo Santoro, ter retornado ao Rio de Janeiro.
Investigadores confirmaram em maio que Cecília Haddad havia pedido a Santoro que saísse de seu apartamento em Ryde, no noroeste de Sydney, semanas antes de sua morte.
Nascida no Brasil, Cecilia Haddad chegou à Austrália há mais de uma década e se mudou para Sydney em 2016, onde trabalhou em mineração e logística.
DOS ARQUIVOS DA SBS PORTUGUESE
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