O rei português D. João V teve tanto empenho na construção deste palácio que mobilizou todos os operários do reino para a obra de construção. Chegaram a estar envolvidos na obra mais de 45 mil operários. Há relatos da duríssima tarefa de transportar por montes e vales as enormes pedras do palácio.
Esta jóia monumental de Mafra mostra-se como confluência de várias tradições arquitetónicas europeias. E é, nesse aspeto, um dos mais versáteis exemplos do chamado Barroco internacional: colhe influências de Roma, — em especial do Vaticano — mas também dos palácio-convento alemães, austríacos e húngaros, do classicismo da corte de Luís XIV ou dos grande empreendimentos franceses da segunda metade do século XVII e, naturalmente da vizinha Espanha, onde os palácios reais e o Escorial pontificavam como faróis.
O palácio de Mafra, gigantesco, também designado como Edifício Real de Mafra, inclui, para além do Palácio, a Basílica, o Convento, o Jardim do Cerco e a Tapada de Mafra. Foi concebido como um paço para o poder temporal, um convento para o espiritual e uma escola para o ensino.
Tem uma assombrosa riquíssima biblioteca. Os livros que tem sobre cabala, astrologia e alquimia são considerados como referência para investigadores de todo o mundo.
Possui importantes colecções de escultura italiana, de pintura portuguesa e também italiana, bem como dois carrilhões e um conjunto de seis órgãos que é único no mundo e para o qual foi criado reportório logo a partir do século XVIII.Além do Palácio Nacional de Mafra; o Santuário Bom Jesus do Monte, em Braga e as cidades brasileiras de Paraty e Ilha Grande também entraram para a lista de património mundial da Humanidade da Unesco.
O Santuário Bom Jesus do Monte, em Braga, também entrou para a lista de Património Mundial da Humanidade da Unesco Source: Getty Images/Salvator Barki
Do Brasil, Paraty (foto) e Ilha Grande receberam o título de Patrimônio Mundial pela beleza e riqueza biológica Source: Getty Images/Bert Kohlgraf