Peritos da ONU colocam Portugal no top 30 (entre 162 países avaliados) do Desenvolvimento Sustentável.
Portugal – manifestamente – está na moda, tornou-se um magnete. Depois dos anos da grande crise, 2010-2015 em que o país em resgate internacional esteve sob grande austeridade, as coisas passaram a dar certo, as contas estão certas, o país está a pagar as dívidas e a crescer acima da média europeia. Há satisfação entre quem vive em Portugal tanto que o governo do socialista António Costa tem prometido a revalidação de mandato nas eleições do mês que vem com um resultado próximo da maioria absoluta.
O turismo começou por ser – e está a ser o grande motor Lisboa, Porto, Madeira, o Douro, os Açores, o Alentejo são destinos de excelência, aliás, a Organização Mundial do Turismo acaba de eleger Portugal o melhor destino acessível do mundo, reconhecimento do esforço na promoção de acessibilidades para pessoas com deficiência.
Em paralelo, a indústria cresce inovadora e sustentável.
Os especialistas destacam, por exemplo, a aposta portuguesa nas energias renováveis.
É o primeiro relatório que avalia a execução dos objetivos de desenvolvimento sustentável definidos pelas Nações Unidas até ao ano 2030.
Intitulado "O Futuro é agora: Ciência para atingir desenvolvimento sustentável", o documento de 480 páginas vai ser lançado oficialmente no fórum político de alto nível para o desenvolvimento sustentável da ONU (SDG Summit), que se realiza em 24 e 25 de setembro em Nova Iorque.
O relatório avalia o desempenho de 162 países nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável adotados na Agenda 2030.Nesses 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, Portugal está a cumprir da melhor forma o capítulo de energias renováveis e acessíveis.
Este capítulo foi medido através da percentagem da população com acesso a eletricidade, com acesso a combustíveis limpos e tecnologia para cozinhar, quantidade de dióxido de carbono lançado pela queima de combustíveis ou eletricidade e a percentagem de energia renovável utilizada no consumo de energia.
A ONU considera que os países em desenvolvimento precisam de crescer de forma mais rápida, mas que crescer sem preocupação pelos impactos ambientais ("crescer primeiro e limpar mais tarde") não é uma opção.
Já os países desenvolvidos necessitam de alterar as dinâmicas de produção e consumo, com limitação de combustíveis fósseis e plástico e com incentivos ao investimento público e privado alinhado com objetivos de desenvolvimento sustentável.
No topo dos países com desenvolvimento mais sustentável, segundo este relatório de peritos para a ONU, estão membros da União Europeia.
Em primeiro a Dinamarca, com 85,2 pontos, logo seguida pela Suécia, Finlândia, França e Áustria. Portugal no 26º lugar nesta lista de 162 países.