Está criado em Portugal o Arquivo Nacional do Som que vai juntar-se às “mais de 400 instituições espalhadas pelo mundo com a missão de preservar o património sonoro, calculado muito genericamente em mais de 75 milhões de fonogramas nos mais diferentes suportes”.
Pretende-se que o Arquivo Nacional do Som coloque disponível online o património que agrega, permitindo que uma pessoa na Austrália, em Timor, na América do Sul ou onde quer que seja no mundo possa aceder a esse registo sonoro.
No lançamento pelo governo português deste Arquivo Nacional do Som foram apresentados exemplos de registos áudio que serão incluídos e ficarão disponíveis: a leitura do primeiro comunicado do Movimento das Forças Armadas no 25 de Abril de 1974, um excerto de uma peça de teatro de revista (uma lição de gramofone) ou o som de pássaros misturado com o ruído do aeroporto, captados no bairro de Alvalade.
Pretende-se incluir neste arquivo muito do património musical lusófono. Muito registo já está a avançar, designadamente o processo de digitalização das cerca de 3 mil gravações de fados da primeira metade do século XX.
“Muitos são os sons, uns reconhecidos como património central à identidade de um país ou de uma comunidade, todos fontes históricas e científicas. De todos eles tratará o Arquivo Nacional do Som”, diz-se no programa, deste Arquivo Nacional do Som. Com que objectivo? “Assegurar a preservação desses eventos acústicos, gravados num qualquer suporte, e disponibilizá-los a todos.”
O Arquivo está em fase de instalação prevendo-se que dentro de três anos já tenha forte expressão.
