Venceu claramente, 73% dos votos, embora numa eleição com uma das mais baixas participações de sempre.
17 mil votos para Montenegro, 6 mil para Moreira da Silva.
A vitória de Montenegro significa que os eleitores preferem um líder com perfil populista desafiador à moderação intelectual de Moreira da Silva.
Montenegro foi o líder parlamentar de Pedro Passos Coelho, foi uma espécie do nº2 do ex-primeiro-ministro.
Daí que este triunfo de Montenegro possa ser visto como um retorno do PSD ao modelo de Passos Coelho, que por agora está retirado.
Montenegro apela à unidade interna no PSD, mas vai ser difícil conseguir essa unidade, porque no PSD há uma ala genuinamente social-democrata, com figuras como Pinto Balsemão ou Poiares Maduro que rejeitam qualquer diálogo e aproximação ao partido Chega, nacionalista extremista à direita.
Uma dificuldade para a nova liderança: nem ele nem os seus mais próximos são deputados. Vão, por isso, nos próximos 4 anos, ter de fazer oposição fora do parlamento, portanto sem oportunidade de confronto direto com o primeiro-ministro, o socialista António Costa, que tem maioria absoluta para os próximos 4 anos.
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