Estudo diz que restrições atuais em NSW não são suficientes para conter surto

An empty Sydney Opera House

An empty Sydney Opera House is seen in Sydney, Tuesday, June 29, 2021 Source: AAP

Um estudo que está sendo publicado pelo Instituto Burnet – um dos principais centros de pesquisa médica da Austrália – revela que as restrições atuais da Covid19 em New South Wales não serão suficientes para diminuir o número diário de casos de infectados pelo virus.


O estudo será publicado nesta segunda-feira, 12 de julho pelo Insituto Burnet.

O epidemiologista do Instituto, Mike Toole disse ao The New Daily que o modelo adotado por NSW não vai diminuir o número de casos de maneira significativa. 

Mas que uma mudança para as restrições semelhantes às que Victoria teve no estágio quatro, levaria sim a uma queda nos casos, disse o professor Toole.

“No estágio quatro colocaram um limite para a distância que você poderia viajar e sair de casa – 5 quilômetros – e o estágio 4 também prevê o fechamento completo do comércio não essencial.

“O nosso estudo mostra que, com as restrições atuais mais o estágio quatro como foi introduzido em Melbourne, levariam a uma drástica redução no número de casos em um mês.”

A governadora Gladys Berejiklian anunciou restrições adicionais para a grande Sydney, Central Coast, Blue Mountains, Wollongong e Shellharbour, dizendo que NSW estava passando pelo "maior desafio que já enfrentou desde o início da pandemia”.

“Isso nos diz que nos próximos dias ... tanto o número de casos quanto, infelizmente, o número de pessoas que podem ser expostas, ou foram expostas, na comunidade vão aumentar”, disse Berejiklian.

Ela sinalizou que uma nova extensão do confinamento pode ser necessária para Sydney, depois que o número de contatos próximos de pessoas infectadas dobrou - de 7 mil para 14 mil - em 24 horas.

O professor Toole disse que NSW deve se preparar para um aumento no número de casos nos próximos dias.

“Quando você tem 14 mil contatos próximos, nenhuma equipe de rastreamento de contatos no mundo pode acompanhar isso, não importa o quão boa ela seja”, disse ele.

Questionada se NSW poderia conviver com o vírus, como visto em outros países que tiveram essa abordagem, Gladys Berejiklian disse que não, que ela não arriscaria ver milhares de pessoas hospitalizadas e uma taxa de mortalidade crescente causada pela variante Delta.

O consultor de política de saúde estratégica da Universidade de New South Wales, Bill Bowtell, disse que não se trata de viver com o vírus, mas de "morrer com o vírus".

“A variante Delta é mais infecciosa do que qualquer uma das variantes que tivemos antes.

Um ano e meio atrás, as pessoas disseram que poderíamos viver com isso, agora meio milhão de pessoas estão mortas nos Estados Unidos. E foram mortas por uma   COVID muito mais suprimível do que estamos lidando agora, com a Delta” disse consultor de política de saúde da Universidade de New South Wales.




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