Os piratas informáticos afetaram designadamente o sistema interno da televisão SIC, o que causou problemas, por exemplo, de acesso aos computadores durante o dia todo. Houve até dificuldades em ligar os telepontos que auxiliam nos noticiários e na produção de peças, com impossibilidade de inserir, por exemplo, grafismos e com a quase total inacessibilidade ao arquivo de imagens.
A Polícia Judiciária (PJ) portuguesa está a investigar este ataque informático.
O que se sabe para já é que o ataque terá sido levado a cabo por um grupo que se auto-intitula Lapsus$.
O que se sabe deste grupo é que esteve associado a vários ataques no Brasil. Durante o mês de Dezembro, o grupo Lapsus$ reivindicou ataques aos sites do Ministério da Saúde brasileiro, do serviço de saúde e do portal Covid, assim como os sites da Polícia Rodoviária Federal e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
A imprensa brasileira noticiou que o grupo era constituído por colombianos e um espanhol, mas não especificava a fonte.
Suspeita-se que os piratas tenham entrado no sistema informático do Expresso e da SIC há vários dias e que estiveram a estudar a arquitectura do mesmo e a delinear um ataque sequencial, tendo começado pelos sites de notícias no domingo.
O Grupo Imprensa, proprietário do Expresso e da SIC classificou o ataque informático que sofreu como um “atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital”