Seis anos depois, finalmente, aí está a acusação no caso célebre do colapso do Grupo Espírito Santo, e é forte.
O ex-banqueiro Ricardo Salgado foi na última semana acusado de vários crimes no inquérito relacionado com o colapso do Banco Espírito Santo (BES) e do grupo com o mesmo nome (GES), anunciou a Procuradoria-Geral da República em comunicado. Salgado é um dos 25 arguidos, 18 pessoas e sete empresas, acusados pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que durante quase seis anos tentou desvendar uma complexa teia de empresas e esquemas financeiros que levaram, em 2014, ao colapso deste que era o maior império privado em Portugal.
Os números impressionam: os procuradores responsáveis pela investigação contabilizaram 11,8 mil milhões de euros de “produto de crimes e prejuízos com eles relacionados”.
A lista de crimes imputados pela vasta equipa de investigação judicial liderada pelo procurador José Ranito inclui associação criminosa, vários tipos de corrupção, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade, entre outros. Foi deduzida acusação pelo crime de associação criminosa (relativamente a 12 pessoas singulares e cinco pessoas colectivas) e pelos crimes de corrupção activa e passiva no sector privado, de falsificação de documentos, de infidelidade, de manipulação de mercado, de branqueamento e de burla qualificada contra direitos patrimoniais de pessoas singulares e colectivas”.
A defesa de Ricardo Salgado reagiu logo que foi anunciada a acusação. Numa nota assinada pelos dois advogados do antigo banqueiro, estes garantem que o cliente “não praticou qualquer crime e esta acusação ‘falsifica’ a história do Banco Espírito Santo”. Admitem que Salgado cometeu “erros” e voltam a fazer um ataque violento contra o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, que em Agosto de 2014 determinou a resolução do BES. “Foi este mesmo Banco de Portugal liderado pelo dr. Carlos Costa que, depois de apagar das fachadas uma marca com mais de 140 anos de existência, interveio neste inquérito-crime, em claro e manifesto conflito de interesses”, destaca a defesa de Salgado.
A acusação está publicada, os acusados estão todos em liberdade, o julgamento ainda vai demorar por muitos trâmites processuais, vários advogados estão a prever que seja caso para mais uma larga meia dúzia de anos.
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