Trump promete restaurar veto a refugiados: protestos contra ele mundo afora

President Donald Trump

January 2017 Source: AP Photo/Pablo Martinez Monsivais

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que vai recorrer da suspensão do veto à entrada de refugiados no país, após um juiz federal ter bloqueado a medida polêmica - o que deve levar à revogação de 60 mil a 100 mil vistos de entrada no país, de pessoas da Síria, Líbia, Sudão, Irão, Somália, Iêmen e Iraque.


Passageiros no aeroporto Charles De Gaulle, em Paris, reagiram com otimismo cauteloso à notícia, como Mohamed Amin, que disse ter ficado aliviado:

"The decision of the judge reflects that America is the country of rights. And America is the most powerful country. I really love the judge when he said no to Donald Trump. Donald Trump: no."

O Alto -Comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, disse que muitos refugiados foram afetados de maneira injusta com a proibição:

"In Lebanon for example there's about 400 people that are affected by this order. These are people that have actually completed the process, are ready to go...maybe they had sold all their belongings...for them we will have to negotiate that they can stay here for another while, in a country that already hosts hundreds of thousands of refugees. It's unfair to them, terribly, it's unfair to Lebanon too."

Protestos contra a proibição de Donald Trump chegaram às ruas de cidades pelo mundo afora, com forte condenação.

Marchas foram realizadas por toda a Europa, incluindo Berlim, Londres e Paris, aonde a manifestante Amy Huntington, americana, disse sentrir-se envergonhada da proibição de receber refugiados e turistas de 7 países, majoritariamente muçulmanos: .

"I feel ashamed. I feel scared. I remember years ago when my mom said, 'be sure to keep your American passport in case there's a war' and I was like 'what? Are you kidding?' and now I'm like 'wow' with Trump tweeting Iran and all of the crazy stuff he is doing, there could be a war and it's scary. I'm afraid for me and for my children, not only for the people in America."

A manifestante Filza Inanuma, em frente à embaixada dos Estados Unidos em Jacarta, na Indonésia, disse que a proibição tem consequências profundas:

"Actually this is not only for Muslims but this is war against humanity because the immigrants or refugees around the world, not only from Muslim countries, don't have to be treated like this. Everybody should have rights to go everywhere they want for their protection, for their life. This is a serious problem."

Protestos também aconteceram na Austrália, incluindo Sydney, Canberra, Melbourne, Newcastle e Hobart.

O padre Bower, em Camberra, deu as boas-vindas a Adam e Ned Richards, que foram a pé de Adelaide a Camberra para conscientizar as pessoas do tema dos refugiados.

O padre Bower disse estar inseguro sobre o acordo entre a Austrália e os EUA para reassentamento de refugiaods, e disse à Rádio SBS que há um grande apoio do povo em favor dos refugiados:

"There's hundreds of people gathered today here, although it's very hot and there are a number of other rallies going on around the country this weekend as well. There is growing community support and deep concern for these people in our detention centres."
A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, negou informes de que os EUA estariam atrasando entrevistas com refugiados detidos em Nauru.

Pelo acordo da Austrália com os EUA, refugiados que querem vir à Austrália e estão no momento detidos na ilha Manus e em Nauru seriam enviados aos EUA, e a Austrália receberia refugiados da América Central que pretendiam ir aos EUA:

"My understanding is that interviewing and vetting is still taking place. The agreement is to be honoured by the Trump administration and it will be underway so I'm pleased that this agreement will continue."
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