Pelo segundo dia consecutivo, trabalhadores da construção civil se reúnem no centro de Melbourne, para protestar contra as medidas adotadas pelo governo de Victoria que afetam funcionários da indústria.
O protesto desta terça-feira, que teve início no final da manhã, é uma resposta à medida de fechamento do setor da construção civil por duas semanas, adotado depois de atos violentos realizados ontem no mesmo local, em protesto contra a exigência do governo de que trabalhadores da categoria fossem obrigados a tomar ao menos a primeira dose da vacina contra a COVID-19 para poder frequentar os locais de trabalho a partir de 23 de setembro.
O fechamento do setor da construção civil por duas semanas está sendo adotado a partir desta terça-feira na região metropolitana de Melbourne, Geelong, Surf Coast, Ballarat e Mitchell Shire.
O governador Daniel Andrews disse que protesto e violência não vão alterar o curso das regras na indústria e nem o plano de reabertura do estado: "Protestos não funcionam. Se vacinar funciona. Seguir as regras funciona. É assim que é possível se manter aberto. É assim que é possível abrir, se não estamos abertos agora. Nenhuma das regras ou decisões em um local de construção são feitas de forma leviana. Um bom acordo de trabalho faz parte disso. Eu gostaria de pedir às pessoas que sigam as regras."
Em entrevista ao Canal Nove de Televisão, o Secretário do CFMEU, John Sekta, disse que o sindicato não perdoa o comportamento adotado no postesto de ontem, e que isso coloca a reputação da indústria em risco: "Isso fugiu do controle. Eles estavam consumindo bebidas alcoólicas. E graças a eles, 300 mil trabalhadores da construção de Victoria ficarão em casa nas próximas semanas ou ainda mais. Nosso trabalho enquanto sindicato é manter os membros seguros e garantir que eles trabalhem de forma segura. Queremos voltar ao trabalho e a fazer o que amamos o quanto antes."