Augusto Santos Silva, o ministro com mais tempo de experiência governativa (foi ministro da Cultura e da Educação com Guterres, ministro Adjunto e da Defesa de Sócrates, ministro dos Negócios Estrangeiros, nos últimos 7 anos com António Costa.), agora saiu do Governo para ser eleito, esta terça-feira, presidente da Assembleia da República, segunda figura do Estado. Foi eleito com 156 votos a favor, 63 votos brancos e 11 nulos.
No seu primeiro discurso enquanto presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva deixou críticas aos "nacionalistas antipatriotas", que "odeiam a pátria dos outros e discriminam quem é diferente", o que lhe mereceu um longo aplauso de todas as bancadas parlamentares com exceção de uma: o grupo parlamentar do Chega ficou em silêncio.
Depois de prometer uma presidência "imparcial", Santos Silva traçou avisos sobre o que iria – ou não – admitir dentro da casa da Democracia. "O discurso sem lugar aqui será o discurso de ódio, que insulta o outro que é diferente e que discrimina, seja qual for o motivo da discriminação", assinalou em recado à extrema-direita Chega.
Lembrou que "A liberdade e igualdade custaram demasiado para regredir para novos tempos de batalha", afirmou. Recebeu uma ronda de aplausos das bancadas parlamentares de esquerda e de alguns parlamentares do PSD. E insistiu que é com "serenidade" que se responde aos "pontos de exclamação" dos que "gritam" por "falta de qualidade dos argumentos".