Para os dias, semanas ou meses que se seguem são projetados três cená¬rios possíveis: “Primeiro, pode não se passar nada, continuando a ocorrer pequenos sismos; segundo, pode acalmar e acontecer depois um sismo de grande magnitude como o de 1808, ou, terceiro, pode evoluir para uma erupção vulcânica”, indica o geólogo José Madeira, do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (IDL/FCUL). É preciso esperar.
Especialistas em sismos e vulcões da Universidade dos Açores e da Universidade de Lisboa estão no terreno a monitorizar a situação com estações sísmicas fixas e móveis. “Se se verificar uma diminuição da profundidade do foco dos sismos (atualmente localizados a entre 12 e 20 quilómetros de profundidade), se houver emanação de gases como CO2 acima do normal ou se surgir uma erupção topográfica, que indica influxo de magma, podemos estar perante uma erupção vulcânica”
Ainda não é certo o que causou esta crise sísmica. Segundo o espe¬cialista, “os sismos parecem resultar de fraturação de rochas”. Já o geólogo Fernando Ornelas Marques, também investigador do IDL/FCUL, diz que “esta crise não é tectónica, mas sim vulcânica”.