Portugal ultrapassa os 30 mil contágios diários e tem 300 mil pessoas em isolamento

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Placa de testes de COVID em ponto de ônibus em Lisboa. Source: EPA/MARIO CRUZ

Apesar do número de casos de infectados ser crescente, a variante ômicron confirma-se como de baixa gravidade. A pandemia estará a passar a endemia.


Em 4 dos 7 dias da última semana do ano, o número diário de contágios Covid foi sempre batendo recordes, com o máximo de sempre: começou nos 23 mil, chegou aos 30 mil, no dia 31.

Com tanto número de contágio há em Portugal cerca de 300 mil pessoas que por serem portadoras do virus estão em isolamento.

Apesar do grande aumento do número de casos, os óbitos, internamentos e cuidados intensivos continuam estáveis: os óbitos são cerca de 20 por dia, os hospitalizados cerca de 1000 sendo que cerca de 150 em cuidados intensivos.

Ao todo, Portugal contabiliza 18.955 óbitos por covid-19 e 1.389.646 casos confirmados desde Março de 2020.

A maioria dos óbitos verifica-se ou na percentagem de 15% da população que não está vacinada ou em pessoas com comorbilidades, isto é, que acumulam este virus com outra patologia.

Parece confirmar-se que a estirpe Ómicron do virus, a representar muito em breve a totalidade das infeções em Portugal, é mais transmissível mas menos agressiva e letal que as anterio­res, o que a encaixa no que se espera da evolução natural de um vírus até se tornar endémico na sociedade.

Com o tempo, os vírus tendem a manter uma relação mais harmoniosa com os seus hospedeiros — nós. Infetam-nos com maior facilidade e rapidez mas sem provocarem doença tão grave.

Para alguns infeciologistas a maior preocupação agora está no eventual surgimento futuro de uma outra variante que as nossas células não reconheçam como sendo ainda do vírus SARS-CoV-2. Aí a malha imunológica, já bastante robusta pelas vacinas, pode fraquejar.

Há que manter a prudência embora esteja reforçado o cenário de transição da pandemia para endemia e com necessidade de vacinação, provavelmente todos os 6 meses.

Um caso nestes dias: um navio de cruzeiros, o italiano AIDA Nova, com mais 4 mil pessoas a bordo, ficou retido no porto de Lisboa, não pôde seguir como previsto para o fim de ano na ilha da Madeira por terem sido verificados 53 casos de Covid entre a tripulação.

Foram detetados porque para desembarcar e pisar solo português é preciso fazer teste. Neste caso, os 53 tripulantes foram transferidos para um hotel, onde estão em confinamento.

A testagem em Portugal está a ser maciça. Só na véspera de fim de ano foram testadas 400 mil pessoas.


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