Gonzalez-Chica analisou os hábitos de exercício de 3000 moradores da cidade de Adelaide na Austrália e de Florianópolis, no sul do Brasil. Os resultados da pesquisa foram publicados na .
“Há evidências de que mais de 70% das pessoas que sofrem ou estão em risco de desenvolver um problema cardíaco devido a diabetes, pressão alta ou colesterol alto não seguem um programa adequado de exercícios regulares moderados ou vigorosos, o que é fundamental para evitar maiores complicações e até mortalidade,” diz o doutor Gonzalez-Chica.
Ele aponta que as pessoas com problemas cardíacos estão vivendo mais - especialmente em países de alta renda, como a Austrália -, mas sua qualidade de vida a longo prazo está sendo afetada negativamente porque não estão se exercitando e vivendo uma vida muitas vezes sedentária. O estudo concluiu ainda que pelo menos 30 minutos de atividade física moderada ou vigorosa todos os dias são recomendados para evitar o desenvolvimento ou piora de doenças cardiovasculares.
“Muitas pessoas que vivem com doenças cardiovasculares, ou que estão em risco de desenvolver a doença devido a problemas de saúde existentes, estão se exercitando muito pouco. Exercícios leves como caminhar não são suficientes.”“Doenças cardíacas são responsáveis por 31% das mortes no mundo. Embora a maioria dessas mortes ocorra em países de baixa e média renda, como o Brasil, a condição é responsável por uma proporção crescente de doenças em países de alta renda, como a Austrália ”, diz o doutor Gonzalez-Chica.Em todo o mundo, o fardo das doenças cardiovasculares e seus fatores de risco é um problema crescente de saúde pública. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as doenças não transmissíveis causarão uma perda global de US $ 47 trilhões nas próximas duas décadas, sendo a doença cardiovascular o contribuinte mais importante.
O epidemiologista doutor David Gonzalez-Chica (primeiro a esquerda) pesquisou mais de 3 mil pessoas em suas casas no Brasil e na Austrália Source: Supplied
O doutor David Gonzalez-Chica é do Equador mas morou dez anos no Brasil Source: Supplied
DOS ARQUIVOS DA SBS PORTUGUESE
Saúde privada mais cara na Austrália a partir deste 1 de abril