O parlamento federal regressa hoje naquele que pode vir a ser o último grande período de sessões, antes das eleições federais agendadas para maio deste ano.
Os liberais têm uma reunião agendada para esta manhã antes da abertura das sessões, na qual se espera que o seu projeto de lei no âmbito da discriminação religiosa esteja no topo da agenda.
Os moderados do partido já demonstraram preocupação pelo facto deste projeto poder estar a ir longe demais, pois abre a possibilidade de igrejas e escolas religiosas discriminarem estudantes e professores homossexuais e transgénicos.
A deputada liberal da Tasmânia, Bridget Archer, já indicou que se oporá a este projeto de lei na sua forma atual.
Também de regresso está hoje o parlamento do estado de Victoria, antes das eleições estaduais marcadas para o final deste ano.
Este regresso aos trabalhos parlamentares contará ainda com a presença do deputado liberal Tim Smith, pela primeira vez desde o seu incidente de embriaguez ao volante no ano passado. Tim Smith ignorou um sinal de STOP e, conduzindo três vezes acima do limite legal de velocidade, acabou por embater no quarto de uma criança, em Melbourne.
O líder da oposição, Matthew Guy, recusou-se a demitir Tim Smith. Pelo contrário, permitiu que o deputado liberal cumprisse o resto de seu mandato atual, declarando, contudo, que este seria o fim da carreira política de Smith: "Deixei bem claro ao Tim que ele não conseguiria chegar à bancada de nenhum partido liberal parlamentar que eu lidere, e deixei também que não queria que ele se candidatasse na próxima eleição. "
Outros destaques do noticiário de hoje:
O partido dos Nationals continua a minimizar os boatos de que a fuga de informação das mensagens proferidas pelo seu líder, Barnaby Joyce, sobre Scott Morrison ser um "hipócrita" e "mentiroso" terá causado grandes tensões dentro do partido.
Após a reunião do partido que teve lugar ontem,7 de fevereiro, e da aparição televisica do ex-líder, Michael McCormack, onde este se ofereceu para ser líder novamente, os Nationals fecharam fileiras atrás de seu líder atual.
O deputado nacional, Keith Pitt diz que Joyce tem o seu total apoio: "A realidade é muito direta. Barnaby tem o apoio da sala, não há dúvida. Mas, como é sabido, todos os indivíduos têm o direito de se chegarem à frente. É assim que funciona a democracia."
Novas regras de quarentena da COVID-19, para contatos próximos, entram hoje em vigor na Austrália Ocidental, enquanto o estado tenta controlar a propagação do vírus.
Contatos próximos de casos positivos e viajantes acabados de regressar ao estado terão que isolar-se por sete dias ao invés das duas semanas de quarentena que vigoravam até aqui. Esta é uma medida que o primeiro-ministro Mark McGowan negou ser devida à pressão da indústria mineira e da Associação Médica Australiana.
McGowan diz que a mudança é puramente baseada em conselhos de saúde: "Vamos mudar (amenizar) as nossas diretrizes de teste e isolamento. Esses novos protocolos não são um sinal de que a pandemia acabou. Eles significam o início do impacto real do Ómicron na Austrália Ocidental."
O primeiro carregamento de Novavax chegou à Austrália vindo de Singapura.
A remessa contém as primeiras 3 milhões de doses da vacina, que serão disponibilizadas no dia 21 de fevereiro.
Acredita-se que esta vacina à base de proteína tenha menos efeitos colaterais do que as vacinas já comercializadas.
Isto significa que a pequena minoria da população que não pode receber as vacinas anteriores devido a condições médicas, agora terá aqui a opção alternativa.
Defensores na área da assistência aos idosos dizem que o uso de militares para dar apoio aos lares de idosos não é a solução para aliviar os problemas sistémicos que o sector enfrenta.
O uso de até 1.700 membros da força de defesa australiana no sector foi autorizado, após a reunião do comité de segurança nacional do gabinete federal levada a cabo ontem, dia 7 de fevereiro.
Mas o que estes defensores do sector afirmam é que milhares (cerca de 140.000) de turnos regulares de enfermagem não são preenchidos, a cada nova semana - falha do sistema essa que o uso de enfermeiros e equipe médica militar não pode resolver.
Elizabeth Drozd é a executiva-chefe dos Serviços Comunitários Multiculturais Australianos, um grupo que defende os idosos do estado de Victoria. Diz ela que os moradores idosos de origens multiculturais são particularmente vulneráveis porque não há trabalhadores de cuidados de idosos suficientes disponíveis para apoiá-los na medida das suas necessidades específicas: "Trabalho em serviços comunitários multiculturais há 30 anos e nunca vi esta escassez de mão de obra. Temos idosos que nos pedem para ajudá-los a viver em casa e a apoiá-los no domicílio e, infelizmente, estamos realmente a lutar para recrutar pessoal suficiente."
O presidente francês Emmanuel Macron reuniu-se em Moscovo com o líder russo Vladimir Putin para um diálogo acerca da atual situação política.
Este encontro vem no seguimento das tentativas internacionais de acalmar as tensões sobre a Ucrânia, com receios de que uma possível invasão dos 100.000 soldados russos reunidos na fronteira seja iminente.
Durante a reunião, Putin agradeceu ao presidente francês "por participar ativamente no estabelecimento de decisões fundamentais" relacionadas à segurança europeia.
Macron disse ao presidente russo que quer evitar a guerra para garantir a estabilidade na região: "Estou satisfeito por ter a oportunidade de ter uma discussão profunda sobre todas essas questões e começar a construir uma resposta eficaz - tanto para a Rússia como para o resto da Europa. A resposta útil é uma resposta que permite evitar uma guerra e construir elementos de confiança, estabilidade e visibilidade para todos."
A Rússia negou que planeia invadir a Ucrânia, mas exigiu que os Estados Unidos e seus aliados impeçam a Ucrânia e outras ex-nações soviéticas de integrarem a NATO.
Desembarcaram na Polónia tropas extras em aviões militares dos Estados Unidos.
O presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que cerca de 3.000 soldados se deslocassem para a Europa Oriental para proteger a área leste da NATO da possibilidade de um ataque russo à Ucrânia.
A Rússia, por seu turno, deslocou mais de 100.000 soldados para as proximidades da fronteira ucraniana, mas nega as acusações do ocidente de que está a planear uma invasão.
Um porta-voz militar polaco disse que mais aviões eram esperados na segunda-feira, ontem dia 7 de fevereiro, mas não disse o seu número exato.
O presidente da câmara da capital do Canadá declarou estado de emergência enquanto manifestantes, que se opõem às restrições da COVID-19, continuam o seu protesto no centro de Ottawa.
Milhares de manifestantes têm vindo a juntar-se às cerca de 100 pessoas que iniciaram o protesto e que permaneceram no local desde o último fim de semana.
Alguns moradores de Ottawa dizem que estão furiosos com o barulho ininterrupto das buzinas, atrasos no trânsito e assédio, e que estão com medo de que não haja fim à vista depois do chefe da polícia ter-se referido ao "cerco" que não foi capaz de conseguiu administrar.
O presidente da câmara, Jim Watson diz que a declaração de emergência reforça a necessidade de mais apoio de outras jurisdições e níveis do governo.
Uma coleção de artefactos de antiguidade iraquiana desembarcou em Bagdad depois de regressar do Líbano.
O Líbano devolveu os artefactos ao Iraque numa cerimônia oficial realizada em Nabu, o Museu Nacional de Beirute, após um trabalho de investigação de quase quatro anos sobre a origem destas peças de antiguidade.
O diretor do Conselho Estadual de Antiguidades e Patrimônio do Iraque, Laith Majid Hussein, congratulou o regresso destes artefactos a casa: "Hoje, o Iraque recebeu 331 tábuas de caracteres cuneiformes oriundos de diferentes períodos de tempo. A era Akkadian, a era Ur III e a época da Velha Babilônia, além de seis placas de cerâmica que remontam à Antiga Babilônia."
A antiga herança do Iraque foi dizimada por conflitos, destruição e saques, especialmente desde 2003, o que fez com que milhares de artefactos estejam ainda desaparecidos.
Com a ajuda de agências internacionais, as autoridades iraquianas têm tentando rastrear, devolver e preservar as suas relíquias arqueológicas.
A Associação Australiana de Críquete está a preparar-se para que os jogadores desistam de uma próxima jornada no Paquistão devido a questões de segurança, apesar das garantias dadas sobre a situação.
A Austrália visitou o Paquistão pela última vez em 1998, mas a espera de 24 anos terminará no dia 4 de março, quando a série de três testes arrancar em Rawalpindi.
Alguns jogadores estão nervosos com esta ida ao Paquistão pois teme pela sua segurança.
A guerra no Afeganistão em 2001, após os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos e um ataque de arma de fogo em 2009 contra um autocarro da equipa do Sri Lanka, faz com que a Austrália ainda esteja a ponderar a viagem ao Paquistão por considerar que pode ser muito arriscada.