Lisboa é neste 2020 a capital verde europeia. Sucede a Oslo, a capital verde de 2019.
Estas escolhas são apadrinhadas pela União Europeia, com a bênção da ONU.
Aliás, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, esteve em Lisboa neste sábado 11 de janeiro para os eventos do arranque deste ano em que Lisboa é capital verde europeia.
Uma série de benfeitorias ambientais está por ocorrer na capital portuguesa por todo o ano.
O lema de Lisboa 2020 é “Escolhe evoluir”.
A ambição, obviamente, vai muito para lá do plantar árvores. A meta é a de evoluir de modo acelerado em todos os parâmetros ambientais - – energia, água, mobilidade, resíduos e infra-estrutura verde e biodiversidade.
Lisboa reduziu muito nos últimos cinco anos o trânsito automóvel privado na cidade. É neste momento 57% do trânsito total. O objetivo para a próxima década é reduzi-lo para apenas 33%, o que passa pelo reforço em curso da rede de transportes públicos não poluentes.
Hoje, proliferam na capital portuguesa as deslocações em bicicleta e trotineta. Também disparam os painéis solares como forma alternativa de produção de energia.
Lisboa, que viu a produção de lixo aumentar significativamente com o crescimento turístico, está também, entre outras medidas, a criar um sistema para rega e lavagem das ruas com água reutilizada e a planear que, até ao final do próximo ano, mais de 90% dos moradores tenham a menos de 300 metros de casa um espaço verde com pelo menos dois mil metros quadrados.
Menos carros, mais árvores é um dos slogans desta Lisboa, capital verde, com grande adesão popular.
Há, aliás, em todo o Portugal uma nítida tomada de consciência da prioridade à necessidade de mudar de vida de modo a dar resposta à crise climática.
Esta semana, precisamente, o parlamento português aprovou na generalidade - falta a discussão dos pormenores, na especialidade – o orçamento do estado para este ano.
Nas discussões entre governo e deputados falou-se muito da Austrália, a propósito da tragédia destes meses com o fogo. Com o consenso de que para evitar calamidades assim, seja com o fogo, seja com secas ou cheias, há que travar radicalmente as emissões de CO2 ou como disse uma das deputadas: mudar radicalmente o modo como vivemos.
Do arquivo da SBS Portuguese:
Parlamento português impõe o fim de plásticos nas compras de supermercado