A Organização Mundial de Saúde está a adotar prudencia oratória e adia a declaração de pandemia com a intenção de tentar conter a propagação da angústia elevada ao grau de pânico.
Mas um perito em saude pública como é o português Francisco George (ex-Diretor Geral de Saúde) já nos preparou para o que os factos mostram: estamos perante uma pandemia que altera substancialmente o que estava previsto para este ano 2020.
Há uma evidência – a propagação supera fronteiras e medidas – mesmo extremas – de contenção
A tentativa de controlo de contágio a bordo do paquete Diamond Princess no porto japonês de Yokohama revelou-se erro crasso, opção contraproducente e cruel: tal como não é possível parar a força do vento também não está ainda a ser possível travar a escalada deste Covid-19.
As 3700 pessoas a bordo deste navio com o nome de Diamante da Princesa foram, na prática, cobaias – (ainda que a intenção fosse outra) na experimentação da velocidade de propagação do coronavirus.
A quarentena a bordo serviu mais como – boião de propagação do vírus que como de antídoto – para o conter obviamente – uma opção contraproducemte para além de (há que insistir) cruel. Parece evidente que todos nós temos de estar racional, intelectual e emocionalmente preparados para – com inteligência e resiliência convivermos neste tempo que é (inesperadamente)dominado pelo coronavirus.
O coronavirus desembarcou – não sabe ainda como – em Itália e só neste país – em itália nos primeiros 3 dias desta surpresa 230 casos – 7 mortais todos os casos mortais envolvendo
pessoas idosas com saúde muito diminuida. Há a evidência de cura – na China, como em França e em outros lugares – de pessoas que foram infectadas, foram tratadas, curadas, estão bem.
O alerta deste tempo do coronavirus remete-nos (a todos nós) para esta dupla prioridade: uma, a do reforço das medidas sanitárias, desigmnadamente de higiene, a começar pla lavagem persistente com agua e sabão e outra prioridade – a preparação generosa dos serviços de saúde para o tratamento eficaz e cura dos casos que venham a aparecer.
A pressão sobre os hospitais tende a ser imensa a tarefa e responsabilidade todas as estruturas de saúde de quem define estatégias a quem trata é gigantesca.
Este tempo do coronavírus tem de ser de solidariedade de todos, já sabemos que o vírus é um daqueles terroristas para quem não há fronteiras, não adianta erguer barreiras nacionais. Essencial é reforçar o alerta em todos nós e desenvolver cada vez mais a cooperação internacional, estamos perante um inimigo comum.