O governo da coalisão dos partidos Liberal e Nacional tem sido muito criticado por ter permitido que Barnaby Joyce, líder do Partido Nacional e Fiona Nash, vice-líder, a permanecerem nos seus cargos enquanto a sua situação era decidida na Alta Corte.
Com a decisão, cinco políticos perderam os seus mandatos: o vice-primeiro-ministro Barnaby Joyce e a senadora Fiona Nash, do Partido Nacional; o senador Malcolm Roberts, do One Nation e os ex-senadoras do Partido Verde Scott Ludlam e Larissa Waters.
Outros dois políticos foram autorizados a seguir no parlamento: o senador independente Nick Xenophon e o Senador Matt Canavan, do Partido Nacional.
Tony Burke, parlamentar do Partido Trabalhista, acusou o governo, dizendo que Fiona Nash e Barnaby Joyce deveriam ter sáido do governo até a decisão final da Alta Corte, e que decisões recentes de ambos podem agora ser disputadas.
"Well there'll be a series of decisions that Barnaby Joyce has taken that we actually agreed with. So you can't imagine us challenging some of those decisions if we agree with them but they'll be vested interests that will now have an interest in doing that. When you're in charge of Australia's quarantine service, there's importers and exporters who make or lose money depending on decisions you make. There'll be a series of decisions there with vested interests, now combing through, and there being a whole lot of legal doubt over those decisions on the simple basis that Barnaby Joyce didn't do what Matt Canavan did. Matt Canavan turned out to have been legally in parliament. But at least took the precaution to step aside so that there was no risk to there being illegitimacy to his decisions."
O primeiro-ministro Malcolm Turnbull disse que apesar de ter ficado desapontado o governo continua firme, mas que a decisão será estudada com cuidado:
"You've got to remember, we're are a big multicultural country. More than half of the people, of Australians, were either born overseas or have a parent who was born overseas. So this raises big issues for how we ensure that every Australian, in this, the most successful multicultural society in the world, is able, confidently, to stand for and get elected to and serve in Parliament."
O agora ex-vice primeiro-ministro Barnaby Joyce enfrenta eleições suplementares, as chamadas "by-elections", no seu eleitorado de New England, no dia 2 de dezembro.
Ele perdeu o seu mandato mas, desde o início do processo, abdicou da sua dupla cidadania e pode agora novamente ser candidato para o parlamento.
Ele disse estar em plena campanha eleitoral:
"I right now am going to concentrate on two words: New England. And I'm going to concentrate on New England to make sure that the people of New England have the best opportunity to make their deliberations about whether they think I'm the candidate to represent them in Canberra."
Um ex-parlamentar do estado da Austrália Ocidental, Ian Britza, é candidato contra Barnaby Joyce no dia 2 de dezembro.
Ian Britza abandonou há três semanas o seu partido de muitos anos, o Partido Liberal, que governa a Austrália, e uniu-se ao Partido Ruralista Australiano, o Australian Country Party, com uma postura ainda mais conservadora.
Ele está chegando neste domingo à noite ao estado de Nova Gales do Sul, aonde é candidato, deixando para trás o seu eleitorado de Morley, na Australia Ocidental.
Ele disse acreditar que pode vencer as eleições contra Barnaby Joyce, apesar de nunca ter morado no eleitorado:
"Even though I lived in NSW for 25 years I never lived in New England, and that's a fair question. However, they are consrvative, I am unashamedly conservative, and I can hold conservative principals. But I need to have people that believe in that."
A senadora Sarah Hanson Young, do Partido Verde, reconheceu que o seu partido precisa estar mais vigilante, após dois dos seus politicos não poderem mais ser candidatos para o parlamento, por terem dupla cidadania.
Mas a senadora disse que o governo da coalisão foi mais irresponsável do que o Partido Verde, pois manteve os seus parlamentares em dúvida - Barnaby Joyce e Fiona Cash - atuando nos seus cargos, o que não foi o caso do Partido Verde, uma vez que tanto Scott Ludlam como Larissa Waters renunciaram ao Senado quando o caso começou.
"Of course, it was Scott and Larissa who made the right decision to cop it on the chin* from the word go when they realised. You compare that to the absolute arrogance from Barnaby Joyce and Fiona Nash and the Nationals. Not only were they incompetent in their processes, but they then were prepared to sit in the parliament, take a pay cheque, run their offices, make decisions and show absolute arrogance to the Australian people. Only then to be found to be ineligible and to have broken the law."
