Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, em uma declaração através da agência oficial de notícias do país, disse que a Austrália deve parar de "seguir cegamente a política de invasão dos seus aliados", referindo-se aos Estados Unidos.
O porta-voz disse que se a Austrália tornar-se uma base avançada dos Estados Unidos para uma invasão da Coreia do Norte, será o equivalente a um ato suicida que terá consequências graves para os australianos.
A declaração aparece como resposta ao que disse Julie Bishop, ministra das Relações Exteriores da Austrália, enfatizando a necessidade de mais pressão diplomática no norte, durante uma visita que fez à Coreia do Sul:
"They will not be able to avoid disaster" - "Eles não poderão evitar um desastre", disse ela.
Enquanto isso, o parlamentar trabalhista Ed Husic, da oposição, alertou que o governo deve fazer o que é melhor para a Austrália - e neste caso, pode ser não ter uma posição totalmente fechada com os Estados Unidos.
Ele acusou a Coreia do Norte de inflamar uma situação já tensa com as declarações do porta-voz norte-coreano e instou o regime de Kim Jong-Un a respeitar as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Falando a Sky news, Ed Husic disse que a Austrália precisa ter certeza que qualquer política externa seja feita levando em conta o que é melhor para o país.
"I think Australia's foreign policy should reflect what's best for Australia, and what positions us strongly - particularly within our neighborhood, within the region.
Obviously we've got longstanding friendship with the Americans. But that doesn't necessarily mean that we can't have differences of opinion, as friends would. I think it is important that we, as I said, do what's right for the country first."