“Espero que meu trabalho abra as portas para outras pessoas com Síndrome de Down,” diz a modelo brasileira Georgia Furlan Traebert, de apenas 15 anos de idade, que é modelo internacional com mais de 130 mil seguidores no Instagram.
A jovem já desfilou e fechou contrato com marcas de roupas famosas no Brasil e é cadastrada em cinco agências de modelos do eixo Rio-São Paulo.
A carreira e as contas no Instagram e Facebook são administradas pela mãe Rubia Furlan.
O convite para ser capa da revista australiana Katwalk Kids, aconteceu de maneira expontânea, explica Rubia.
“Eles entraram em contato com a gente, falaram que acompanhavam o trabalho da Georgia no Instagram e falaram que gostariam muito que ela saísse na revista.”
Rubia: "O trabalho para a revista australiana teve uma repercussão enorme e tornou a Georgia ainda mais conhecida na indústria da moda mas principalmente nas redes sociais" Source: Supplied
A adolescente também foi finalista do Global Social Media Awards na categoria Rising Star, uma competição sediada na República Tcheca.
“Até então ela era uma ‘modelo brasileira com Síndrome de Down’ mas daí ela foi nomeada como ‘digital influencer’, uma influenciadora que passa coisas boas, mensagens motivacionais para as pessoas,” diz Rubia.
De acordo com a mãe, a carreira de modelo começou cedo, com ela postando fotos no Facebook e Instagram, uma das primeira fotos, de Georgia com óculos, atraiu mais de 1000 curtidas.
Com a boa repercussão na internet, o número crescente de seguidores, a carreira de modelo realmente decolou e Georgia foi convidada para gravar um comercial e tirar fotos para um catálogo de joias.
Segundo a mãe, desde pequena sempre se sentiu à vontade na hora de tirar fotos. “Eu amo as câmeras,” diz Georgia. E o segredo para ser modelo? “O meu segredo é ser feliz, ser natural, sou muito fotogênica, adoro tirar foto”
“Eu fico feliz com meu trabalho pois cada vez mais as portas se abrem para as pessoas com Síndrome de Down,” diz Georgia.
Georgia nasceu em novembro de 2003, e logo após seu nascimento foi diagnosticado com doença cardíaca e Síndrome de Down. Com apenas cinco meses de idade, teve que passar por uma cirurgia cardíaca, e Rubia deixou o emprego para cuidar dela em tempo integral.
Sobre a Síndrome de Down, Georgia diz que está “feliz com a vida, porque eu sentia que meu coração dizia, desde o começo, ‘não é só isso’”.
“Muitas pessoas preferem falar coisas ruins da Síndrome, eu nao vejo assim, sempre levei tudo para o lado bom. Tem gente que acha uma cruz ter um filho com Síndrome de Down, para nós foi o contrário,” diz a mãe.
“Muitos seguidores no Facebook e Instagram falam que têm a Georgia como inspiração e isso é muito gratificante, a Georgia meio que abriu as portas para as meninas com Síndrome de Down que querem ser modelos no Brasil.”
Source: Facebook
No tempo livre, quando não está estudando, Georgia diz que adora patinar e cantar. Sobre os planos futuros, continuar cuidando da sua imagem e tornar mais um sonho realidade: gravar uma novela.
“Quero ser atriz, já estou fazendo teatro, adoro cantar, adoro o palco,” diz.