Mal chegou na Austrália e Karlla foi destaque da Australia Tattoo Expo em Melbourne, um dos maiores eventos do gênero no país.
Seu trabalho de tatuagens sobre cicatrizes foi destaque do jornal australiano The Age, que também contou a história de Anne* (não é o seu nome verdadeiro), uma das adolescentes tatuadas por Karlla como parte do seu projeto We are Diamonds.
“Depressão, transtorno borderline, jovens que fazem cortes no próprio corpo, pacientes com câncer, pessoas que sobreviveram a acidentes que as deixaram com marcas eternas; foi pensando nisso que criei este projeto, pensando em ajudar essas pessoas guerreiras a darem a volta por cima.”Anne, que tinha o hábito de se cortar, recebeu uma tatuagem de 20cm na coxa cobrindo os cortes que a jovem fez em si mesma. A jovem foi a primeira australiana a fazer parte do projeto social que Karlla mantém com sucesso no Brasil.Primeira mulher brasileira a receber um prêmio em uma convenção internacional no Brasil, a Metalhead, Karlla resolveu oferecer tatuagens gratuitas depois de ter passado por depressão profunda.Ela, que mantém um estúdio em São Paulo, reserva parte de sua agenda para pessoas que sofreram ou sofrem algum tipo de violência “externa ou interna,” explica.Sobre sua ténica inovadora e de traços finos, ela diz que trabalhar sobre o relevo de uma cicatriz é algo muito complexo e que não ‘dá para disfarçar'. “Não tem como sumir com a cicatriz, eu tenho que criar uma sensação de que ela não está ali, tatuar em cima dessa parte é muito difícil, eu simplesmente aplico ali tudo o que eu aprendi até hoje, “ diz.
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A cicatrizes dos cortes da jovem Anne, 19 anos, foram cobertas por uma tatuagem feita após uma longa conversa entre Karlla e Anne Source: Supplied
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Karlla na Australian Tattoo Expo: reportagem de destaque no jornal australiano The Age Source: Supplied