O mundo está passando pela maior crise humanitária desde o final da Segunda Guerra Mundial, com 65 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo.
A jornada de Pemba Tshulembo, de 19 anos, como refugiada começou no dia em que os rivais políticos de seu pai invadiram seu funeral.
Pemba já havia perdido a mãe em um acidente de carro.
Ela e seus três irmãos não tiveram escolha senão deixar a República Democrática do Congo para o Quênia, onde ficaram por 5 anos.
Pemba ficou muito feliz quando recebeu a notícia de que poderia se mudar para a Austrália, apesar de não saber nada sobre o país.
A família de Mahir Momand foi forçada a fugir do Afeganistão para o Paquistão quando ele era bebê, depois que seu pai, um general militar afegão, foi preso pelo exército russo.
Ele estava determinado a fazer a diferença em seu país de origem, onde o desemprego era generalizado.
Ele se estabeleceu no Canadá, mas apesar do conforto de morar lá, Mahir sentiu que ainda tinha que fazer algo em seu país.
Mahir retornou ao Afeganistão e abriu um negócio de microfinanciamento para ajudar as pessoas a se tornarem independentes financeiramente.
Mas a violência ficou insuportável depois que vários dos colegas de Mahir foram mortos pelo talibã.
Ele também foi atacado enquanto vivia lá.
Temendo por sua vida, Mahir teve que fugir de sua querida pátria novamente.
Desta vez, a Austrália ofereceu uma oportunidade para ele.
Com sua experiência em microfinanciamento, Mahir agora lidera a Thrive Refugee Enterprise, uma ONG que ajuda refugiados e requerentes de asilo a iniciar ou desenvolver seus próprios negócios.
Paul Power é o diretor executivo do Conselho de Refugiados da Austrália.
Ele diz que a Austrália aceitou mais de 880 mil refugiados nas últimas sete décadas.
Alguns desses ex-refugiados agora são vistos como ativos valiosos para a economia australiana.
Um bom exemplo disso é Frank Lowy, o fundador do Westfield.
Com cerca de um milhão de refugiados realocados na Austrália nos últimos setenta anos, o país espera receber mais 18 mil pessoas no ano que vem.