É um momento histórico no sistema elétrico português: a última central a carvão, a do Pego, em Abrantes, no centro do país, produziu eletricidade pela última vez na manhã de sexta-feira, e, sem mais carvão para queimar, fecha um capítulo na história energética do país.
Com o fim da produção na central da Tejo Energia, e depois da desativação, em janeiro deste ano, da central termoelétrica da EDP em Sines, Portugal deixa de ter qualquer produção de eletricidade a partir da queima do carvão.
Portugal abandona o carvão como forma de gerar energia elétrica.
O sistema elétrico português fica assim apenas dependente, para efeitos de segurança de abastecimento e resposta à variabilidade da produção de origem renovável, das centrais de ciclo combinado alimentadas a gás natural (que emitem cerca de metade de dióxido de carbono por cada megawatt hora de eletricidade face às emissões das centrais a carvão).
Uma dessas centrais de ciclo combinado a gás está igualmente situada no Pego, no espaço onde até ao final desta semana funcionou a central a carvão.