Abel Ferreira: um português campeão da Libertadores

Abel Ferreira recebeu imagens feitas por dois drones que a comissão técnica utiliza para gravar os treinamentos.

Source: Cesar Greco/Palmeiras

Confira na crônica desta semana do correspondente da SBS, em Lisboa, Francisco Sena Santos.


Abel Ferreira, como futebolista, mais do que um lateral direito combativo e de pulmão cheio (representou no futebol português Penafiel, V. Guimarães, Sporting de Braga e Sporting Clube de Portugal), foi sobretudo um aprendiz enquanto jogador.

Foi aproveitando cada minuto do treino, cada minuto do jogo para engrossar o conhecimento sobre a posição que desempenhava e sobre a organização coletiva da equipa.

Para se debruçar sobre posicionamentos, com e sem bola, tomadas de decisão ou opções estratégicas. Assim foi evoluindo. Os treinadores que o conduziram apostavam que ele seria grande treinador.


Por isso, quando aos 31 anos chegou a primeira verdadeira lesão da carreira, que acabaria por empurrá-lo precocemente para fora dos relvados, o passo seguinte era já óbvio. Aprendera o suficiente com os treinadores que encontrara, com Jesualdo Ferreira (treinou o Santos no começo da temporada) à cabeça, para assumir sem receios o desafio de orientar homens, como tantas vezes gosta de dizer. 


Deixado o relvado como jogador, primeiro passo com a braçadeira de treinador foi dado na  equipa onde jogava, o Sporting Clube de Portugal, em 2011. Comandou as equipas jovens, mas a chegada do muito controverso Bruno de Carvalho à presidência do clube, Abel saiu.Outro Sporting, o de Braga acolheu-o, deixou-se convencer pelos três anos de trabalho na equipa B e ofereceu-lhe o cargo na formação principal em 2016.


Foi a oportunidade pela qual esperava: entre alguns brilharetes internos e na Liga Europa, acabou por deixar o clube em 2019, para rumar ao PAOK. Em setembro passado, no comando do PAOK, eliminou o Benfica do recém regressado Jorge Jesus da Champions. 

Seguiu-se o Palmeiras. Em 3 meses conquistou a Libertadores, em triunfo sobre o Santos que tinha começado a temporada sob liderança dos portugueses Jesualdo Ferreira e Rui Águas.

Jesualdo, agora, comanda o Boavista e na hora do triunfo do Palmeiras estava a vencer o jogo em Portimão.


Jorge Jesus viu tudo em casa, por estar confinado pela COVID-19. 


Os técnicos portugueses de futebol reforçam cartaz no Brasil. Esta final foi vista por milhões de portugueses.

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