Cientista brasileira de Melbourne desenvolve teste rápido de até 20 minutos para o COVID-19

Diana Alves

Source: Supplied

A paulistana Diana Alves faz parte de um grupo de cientistas da Universidade de Monash, em Melbourne, que desenvolveu um teste sanguíneo capaz de identificar se o paciente entrou em contato com o COVID-19 em até 20 minutos. O grupo de cientistas também conta com outro brasileiro: Rodrigo Curvello.


A pesquisadora brasileira, Diana Alves, 35, veio de São Paulo para Melbourne, em 2018, para fazer seu Doutorado na Universidade de Monash na área biológica.
Porém, com a pandemia de COVID-19, Diana foi convidada por seu orientador a colocar em pausa seu projeto original para integrar uma equipe de pesquisadores focados em trabalhar com o COVID-19.
“Após o primeiro lockdown que teve em Melbourne, nosso supervisor ligou para a gente e selecionou a gente para trabalhar nesse projeto do COVID. O meu Doutorado é na área de sangue. Eu trabalho com células vermelhas. O meu projeto é basicamente estabilizar essas células vermelhas para que elas não precisem ficar na geladeira. Essas células são utilizadas em hospitais e clínicas que são responsáveis por transfusões de sangue e esse foi o mesmo método utilizado no diagnóstico do COVID”, disse Diana.

A pesquisadora brasileira, em conjunto com outros cientistas da Universidade de Monash, desenvolveram um teste rápido, que identifca se o paciente teve ou não contato com o COVID-19 em até 20 minutos. 

O grupo de cientistas também conta com outro brasileiro: Rodrigo Curvello.
Diana Alves
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O teste requer apenas um pouco de sangue do paciente, um cartão de gel para colocar o plasma e uma centrífuga.

Se o paciente tiver anticorpos do COVID-19, será visível na amostra de sangue coletada.

“Nosso sistema imunológico acaba produzindo anticorpos para combater esse indivíduo estranho que entrou no nosso corpo. Esses anticorpos ficam no nosso sangue por um bom tempo. Então, com esse teste nós colocamos essas células sanguíneas nesses gel cards, colocamos o plasma do paciente e em menos de 20 minutos um técnico pode identificar se um paciente teve contato ou não com o vírus. Ele é bem rápido e fácil e qualquer centro de coleta pode adaptá-lo para fazer”.

A técnica já vem sendo utilizada para outros diagnósticos, mas os pesquisadores de Melbourne a adaptaram para o COVID-19, tornando viável em grande escala.

Porém, para sair do papel e virar uma realidade, a pesquisa precisa de apoio financeiro.

“Para a amplificação do teste, nós precisamos de investimentos para comprar equipamentos para realizar novos testes. A Monash nos deu uma ajuda financeira, mas não o suficiente para realizar em escala industrial. Acredito que conseguiríamos dar um retorno bem rápido para a sociedade assim que tivermos um parceiro financeiro”.

As pessoas na Austrália devem ficar pelo menos a um metro e meio de distância dos outros. Confira os limites no seu estado ou território para o número máximo de pessoas em encontros e reuniões.


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