66% de Portugal em seca extrema mas o abastecimento público está garantido

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Uma árvore seca é vista no meio da Barragem de Vigia em Redondo, sul de Portugal Source: AAP Image/EPA/NUNO VEIGA

Portugal vive o ano mais seco dos últimos 90 anos - desde 1931. "Temos que nos habituar a viver com menos água, e isto é válido para todos os portugueses", alerta o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, assegurando que “o país tem água para consumo humano suficiente para dois anos”.


A autoridade meteorológica portuguesa, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), comunica que 66% do país encontra-se em seca extrema e 33% em seca severa.

Além das medidas de curto prazo, associadas a fecho de fontanários, limitações de uso de água na agricultura, restrições de rega de espaços verdes e restrições na produção hidroelétrica, o ministro do Ambiente relembrou as medidas estruturais associadas à reutilização de águas residuais tratadas, nomeadamente no Algarve.

Para enfrentar o problema da falta de água no futuro, associado às alterações climáticas, o Plano de Eficiência Hídrica do Algarve prevê 200 milhões do Programa de recuperação e Resiliência para projetos de reutilização de águas residuais e duma dessalinizadora.

Um plano semelhante adaptado ao Alentejo deverá estar concluído até julho e será elaborado um terceiro para a região do Tejo e Oeste. São ações para enfrentar "de forma mais resiliente” o problema da seca em Portugal, defendeu o ministro do Ambiente.

Há casos como o da barragem da Bravura, no Algarve, que  está com apenas 14% da sua capacidade normal. Nesta e em outras 7 das 44 barragens principais em Portugal o uso está a ser exclusivamente para abastecimento público. Estão a ser cuidados  furos para rega agrícola e abeberamento de animais.

Com o verão do hemisfério norte agora a começar, anunciam-se meses de difícil escassez hídrica.

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