São mais de 400 mil os empregos associados ao ócio noturno, discotecas e bares, que neste momento estão sem trabalho em Portugal e Espanha.
É o tempo de verão no hemisfério norte, há multidões no Algarve, como na Costa del Sol ou em Ibiza, ansiosas por noites excitantes por entre dança e copos, mas tudo está proibido pelo risco acrescido de contágio SARS-Covid2.
Em Portugal, desde 16 de março, bares e discotecas estão de portas fechadas. O setor multiplica apelos, promete medidas especiais de segurança, alega o desemprego associado mas, tanto autoridades de saúde como o governo seguem inflexíveis e tudo sugere que o fecho está para se prolongar.
Os exemplos, aliás, dão razão a essa opção: no Algarve, houve uma festa particular em Odeáxere, lugar a meio caminho entre Lagos e Portimão. Juntaram-se cerca de 100 pessoas. Todas julgavam estar bem de saúde. Uma tinha feito na véspera o teste para despistagem do vírus. O resultado veio no dia seguinte: estava positivo, tinha Covid.
Nos dias imediatos, alguns dos convivas começaram a sentir sinais de doença, tosse e dificuldades respiratórias. As autoridades de saúde ordenaram testes a todos os que participaram na festa. Apurou-se que 80 dos 120 estavam infetados. Pior, alguns deles tinham contaminado familiares e amigos. Numa casa até os 3 filhos, com idade entre os 2 e os 11 anos ficaram contaminados.
Assim ficou instalado amplo consenso para impedir bailes e festas com muita gente, apesar de alguns mais novos fazerem o que podem para manter a festa, sendo que o entendimento de festa é com muita gente.
Houve quem tentasse levar o baile para a praia. Chegaram a juntar-se mais de mil pessoas na praia de Carcavelos, junto a Lisboa. A polícia apareceu e mandou toda a gente embora.
A temperatura ambiente está muito dentro dos 30ºC ao longo do dia, as noites pedem festa, mas há a perceção de que aglomerações de jovens com baixa noção do risco e relaxe nas medidas de proteção são caldo de cultura ideal para a propagação do vírus, que continua imparável.
A princípio julgou-se que a ameaça desta pandemia incidia sobre populações idosas, na casa dos 70, 80 ou mesmo 90 anos. Agora, quem aparece nos hospitais são sobretudo jovens, alguns a necessitar de internamento em cuidados intensivos e acresce um outro problema: complicações secudárias, desde a agravamento de casos de diabetes a problemas cardiovasculares.
O combate à pandemia impõe alerta máximo. É por isso que Portugal continua a aplicar lei seca durante a noite: porque o álcool é considerado como o agregador de grupos de jovens, está proibida a venda de cerveja ou vinho a partir das 8 da noite, onde quer que seja, mesmo supermercados ou bombas de abastecimento de gasolina.
A palavra de ordem continua a ser: restringir todo o contacto social em cenários considerados como de risco.
Há em Portugal 35 mil pessoas obrigadas a quarentena, controlada pelas autoridades, por terem estado em contacto com alguma das 50 mil pessoas que, desde março foram contagiadas.
35 mil dos contagiados, estão declarados curados, mas seguem sob controlo médico. Houve, nestes quase 5 meses, 1712 óbitos. 420 pessoas estão hospitalizadas, 52 em cuidados intensivos.
A boa notícia nesta tragédia é a de que o Serviço Nacional de Saúde está a dar o que é considerado muito boa resposta.
Resta a crise económica e social, muito embora o plano de recuperação aprovado pela União europeia dê forte esperança.
As pessoas na Austrália devem ficar pelo menos a um metro e meio de distância dos outros. Confira os limites no seu estado ou território para o número máximo de pessoas em encontros e reuniões.
Os testes para o coronavírus estão agora amplamente disponíveis em toda a Austrália. Se você tem sintomas de resfriado ou de gripe, organize um teste ligando para o seu médico ou para a Linha Direta Nacional do Coronavírus no número 1800 020 080.
O App COVIDSafe do governo federal, para rastrear o coronavírus, está disponível para baixar na 'app store' do seu telefone.
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