As sondagens mostram mexidas sem precedentes em eleições portuguesas.
O Partido Socialista, do primeiro-ministro António Costa, entrou nesta campanha com 10 pontos percentuais de avanço sobre o rival à direita, o PSD de Rui Rio.
O conjunto das sondagens apontava há uma semana 39 a 40% para o PS e 29 a 30% para o PSD.
Estas eleições antecipadas acontecem porque houve rutura entre o PS e a esquerda mais à esquerda que apoiava o governo do PS.
O socialista Costa colocou-se como vítima dos excessos dos ex-parceiros esquerdistas e ousou tentar capitalizar os eleitores desses partidos, o BE e o PCP.
Costa ousou pedir maioria absoluta. Sabia-se que é um pedido arriscado, há em Portugal má experiência com governos de poder absoluto, o último, o de José Sócrates obrigou Portugal a pedir apoio financeiro internacional.
Ora, precisamente no dia em que Costa pediu maioria absoluta, o PS que lidera começou a cair.
Há pesquisas que o dão com apenas 4 pontos percentuais de avanço, há mesmo quem coloque PS e PSD em empate técnico.
Costa já percebeu o erro e já apareceu a dizer que entendeu a vontade dos portugueses e deixa de apelar à maioria absoluta, dispondo-se a dialogar com todos, exceto com a extrema-direita.
Os próximos dias anunciam-se de campanha muito intensa, com tudo em aberto: Portugal pode continuar com governo de esquerda mas também pode passar para governo de direita.
Máxima expectativa política para o próximo domingo.