Portugal envia investigadores ao Congo para conter vírus do Ébola

A WHO worker gives an Ebola vaccination to a front line aid worker who will then go to vaccinate locals.

Source: AP

Francisco Sena Santos, correspondente da SBS, em Lisboa, conta que investigadores portugueses estão na primeira linha a caminho do Congo, onde o vírus do Ébola voltou a ser uma epidemia.


A prática do tempo colonial tornou Portugal um centro de elite de medicina tropical.

É assim que há equipas portuguesas na linha da frente da luta contra a malária e outros males – mais férteis nos trópicos.

Nos últimos 40 anos surgiu uma nova frente: o ébola.

E lá estão investigadores portugueses outra vez na primeira linha, desta vez a caminho do Congo.

O Ébola volta a sere uma tragédia com várias tragédias dentro.

A doença que começa por parecer cólera ou malária está a voltar como epidemia – outra vez fora de controlo, na parte oriental do Congo, mas também a ameaçar regiões vizinhas no Ruanda, no Uganda e no Sudão do Sul.

Há 3 anos, o ébola tinha avançado pela Serra Leoa e pla Libéria, onde levou pelo menos 11.300 vidas.

Nesse final de 2016, após aquela vaga da epidemia do mal causado pelo vírus, que parte do morcego da fruta e que se propaga pelo contacto com o sangue e outros fluídos de humano, pensou-se que o ébola não voltaria a ser devastador porque laboratórios farmacêuticos já tinham conseguido criar medicamentos eficazes para o tratamento.

Falava-se até em vacina que, apesar da fase experimental, a OMS está agora a prometer altamente eficaz, mas em agosto de 2018, o ébola voltou a aparecer.

Foi diagnosticado um primeiro caso, agora na República Democrática do Congo.

Logo a seguir um outro, e mais outro, e outros mais.

Estão identificadas neste momento, passados sete meses deste novo surto, mais de 1000 pessoas infetadas e confirmadas 600 mortes por esta nova crise de ébola.

Os detalhes estão na crônica desta semana do correspondente da SBS, em Lisboa, Francisco Sena Santos.

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