No "Melhores de 2017", reapresentamos a reportagem sobre a violência doméstica nos relacionamentos de brasileiras no Partner Visa, o visto de cônjuge.
Elas sofrem, mas dependem dos parceiros para ficar na Austrália. Muitas tem filhos, que teriam que ficar no país se elas saíssem, até uma decisão final sobre custódia. A matéria foi ao ar no programa de julho.
Vítimas dependem dos agressores para permanecer na Austrália
Brasileiras sofrem com violência doméstica no "Partner Visa"
A Imigração australiana também se manifestou, informando que as vítimas devem informar o Departamento sobre casos de violência doméstica, o que pode agilizar o processo de residência permanente.
Depois da reportagem, muitas outras mulheres entraram em contato com o programa, em busca de informação e ajuda.
Uma delas é a brasileira que começa esta matéria. Ela foi agredida com sete meses de gravidez, e conta sua história chorando nesta entrevista em inglês para a Rádio SBS.
"Da primeira vez (que ele me agrediu), eu estava grávida de sete meses e ele começou a me dizer palavrões. Daí ele me empurrou e eu bati com minha barriga na quina da cama. Pensei que tinha perdido nosso filho. Felizmente, não perdi."
Por questões de segurança, ela preferiu não se identificar, assim como "Ingrid", que teve o nome trocado e a voz alterada para essa entrevista.