O governo de Minas Gerais informou que já foram identificados oito mortos no rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a Agência Brasil de Notícias, o governo chegou a informar que o número de mortos subiu para 40, porém a informação foi retificada horas depois, sendo mantido o número de 34 mortos.
Foi encontrado um ônibus soterrado em Brumadinho com todos os ocupantes, funcionários da Vale, mortos.
As buscas por sobreviventes foram suspensas às 8 da noite deste sábado e serão retomadas às 4 da madrugada deste domingo, com as equipes de resgate ainda tendo esperanças de encontrar sobreviventes.
Até o momento foram resgatadas 366 pessoas: 221 funcionários da Vale e 145 terceirizados, com 23 pessoas hospitalizadas.
O juiz do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Renan Chaves Carreira Machado, determinou o bloqueio de um bilhão de reais das contas da mineradora Vale.
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais estipulou multa de 99 milhões de reais à Vale por responsabilidade dos danos causados pelo rompimento da barragem.
Os recursos serão destinados aos reparos.
Maria Júlia Andrade, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, disse que moradores próximo à barragem disseram que o sistema de alarme não funcionou no momento do acidente.
A mineradora Vale divulgou ontem a lista com os nomes dos desaparecidos - 300 eram funcionários que estavam no refeitório.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, decretou luto oficial de três dias a contar da data do decreto, 25 de janeiro e o governo federal declarou calamidade pública em Brumadinho.
A 5 novembro de 2015, mais de 3 anos atrás, aconteceu o pior acidente ambiental brasileiro no município de Mariana, em Minas Gerais, após o rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton.
A nível ambiental a tragédia de Mariana - ao longo do Vale do Rio Doce, chegando ao mar - é bem maior do que a de Brumadinho, até o momento, mas a perda de vidas agora vai em muito exceder os 19 mortos no rompimento da barragem do Fundão.
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro viaja neste domingo para São Paulo, onde passará por uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia amanhã, segunda-feira.
Jair Bolsonaro ficará em repouso absoluto por 48 horas após a cirurgia, marcada para as primeiras horas da manhã de segunda-feira.
O general Hamilton Mourão ocupará, interinamente, a presidência do país.
O presidente Jair Bolsonaro deve permanecer cerca de 10 dias em São Paulo.