Ela não conseguiu os pontos necessários: teve nota 74 e precisava 79 para passar.
Louise Kennedy, com títulos universitários obtidos em língua inglesa, não conseguiu convencer uma máquina de que ela era falante nativa da língua inglesa, no Teste de Inglês Académico de Pearson, o PTE, que é feito através de um computador.
O teste PTE foi aprovado pelo Departamento de Imigração e Proteção das Fronteiras do governo da Austrália em 2014 e usa tecnologia de reconhecimento de voz.
Apesar da irlandesa ser casada com um australiano, ela decidiu solicitar o visto através da programa de iimigração de profissionais, pois a sua profissao está na lista de ocupações prioritárias do governo.
Há escassez de veterinários no país, especialmente no estado de Queensland, aonde ela mora e trabalha já há dois anos com cavalos.
Louise Kennedy disse ter ficado surpresa e chocada quando recebeu os resultados do teste e disse acreditar que há falhas no sistema de reconhecimento de voz.
"I was so annoyed to have to do it in the first place, and then to not get enough points is such a shock.
It's taken about two and a half years to get to this point, because as a vet you've also got to prove your skills as a vet. So I've done all of that. That takes about two years.
And then to not get it on English is just so frustrating."
Louise Kennedy disse que poderia fazer o teste novamente em cinco semanas, mas optou agora por solicitar o visto de cônjuge - o partner visa - que é mais caro, mas disse que o seu visto atual pode caducar no momento em que se processa o visto de imigração qualificada.
Ela pretende continuar trabalhando como veterinária, com cavalos, até o nascimento do seu bebê, daqui a 3 meses.
Sasha Hampson, diretora da Pearson na região Ásia-Pacífico, disse que a empresa nao comenta casos individuais, mas referiu que a tecnología que utiliza é sólida.
Um porta-voz do Departamento de Imigração e Proteção das Fronteiras disse ao SBS World News que a ministério "não está envolvido na administração ou operação dos exames de inglês".
Segundo o porta-voz, as pessoas podem solicitar que sua pontuação seja revista pelo provedor do teste.