O Meatstock Festival acontece de 3 a 5 de maio e a Pitmasters Brasil vai competir com outras 60 equipes.
A equipe de churrasqueiros é composta pelo gaúcho Rodrigo Bueno, de Caxias do Sul, Cassiano Rubi e Fabio Koji, de São Paulo, Jefferson Taboada, de Santos, Luã Tavares, do Rio de Janeiro, André Prates, de Belo Horizonte e Ricardo Tatu, de Tangará da Serra, Mato Grosso. “São ótimos profissionais que trabalham em prol da qualidade da carne consumida no Brasil,” diz Daniel.O Meatstock é um festival de churrasco e de música. Uma área é reservada para a competição onde todas as 60 equipes assam, todas os competidores trazem a própria carne e trabalham da mesma forma.
Source: Equipe Pitmasters Brasil
A equipe brasileira vai usar a técnica da defumação de carnes (BBQ Americano) e competir nas cinco categorias: frango, costelinha de porco, sobrepaleta suína, corte de cordeiro, e o brisket (peito bovino). O melhor churrasco será julgado conforme a apresentação, sabor e textura da carne.O vencedor vai levar AU$ 10 mil em prêmios, mas para Daniel, “tirando a parte monetária é muito mais a questão do prestígio de se ganhar uma competição desse porte.”
Source: SBS
O segredo da seleção brasileira do churrasco? “Em competições internacionais é muito importante entender o ‘tasting profile’ dos jurados. Chegamos na Austrália há alguns dias, visitamos restaurantes para entender o perfil de sabor para saber se íamos para o mais picante, o mais salgado, menos salgado.
“A partir dali montamos uma ‘estratégia de sabores ‘ para cada tipo de corte, usando o dry rubbing (temperos secos). A partir do momento que a gente entendeu como as pessoas gostam de comer carne, nós criamos o nosso perfil de sabor.”
Entre os líderes vencedores de competições desse tipo (smoked barbecue/defumação de carnes), Daniel destaca os Estados Unidos, que basicamente inventaram essa técnica e a Austrália.
“A Austrália tem muito mais experiência que o Brasil, pois eles competem com frequência nos Estados Unidos, é muito mais caro para o Brasil ir competir lá, os australianos já entenderam como competir.
“No Brasil a gente fala que todo o brasileiro nasceu churrasqueiro mas a forma de se assar uma carne seja grilling, roasting, varia, vejo aqui um boom na questão da gastronomia.”“Aqui os ingredientes são de muita qualidade, no Brasil a gente tem a nossa picanha, tem o nosso churrasco, mas ainda estamos engatinhando, a gente precisa entender que quando faz churrasco não existe só a grelha, existe defumadora, outras formas de fazer churrasco, a Austrália já passou por isso, já está muito mais aberta para outras formas de se fazer carne.”
Daniel Lee: “O churrasco tem isso de unir as pessoas, de confraternizar, eu vejo isso muito forte no australiano, essa coisa de se reunir em volta do churrasco.” Source: Digital Vision
“Gosto disso que os australianos fazem de cozinhar camarão, frutos do mar na churrasqueira, que não é considerado churrasco," diz Daniel Lee. Source: Getty images/VMJones