Ela contou no tribunal, na última quarta-feira, 15 de março, em Adelaide, que quando se viu nua, na areia, com as mãos atadas e com o agressor, de 60 anos, com uma faca na mão, ela pensou que poderia morrer, mas decidiu que faria tudo para sobreviver, dizendo a si mesma: "eu nao vou morrer hoje".
O julgamento do agressor, por um júri, vai considerar as acusações de tentativa de assassinato, sequestro e assalto sexual contra a brasileira e a alemã, a quem ele atingiu com um martelo na cabeça e passou o carro por cima do seu corpo.
A brasileira contou que estava caminhando com o homem para encontrar cangurus quando ele, repentinamente, a jogou na areia, sentou-se em cima dela e puxou um facão, fincando-o na areia, ao lado dela, como quem diz "eu tenho o poder, eu tenho um facão", disse ela.
Ela resistiu mas ele atou as suas mãos nas suas costas com uma corda, rasgou o seu biquini e começou a tocá-la e a beijá-la.
Ela contou que quando disse a ele que ele era uma boa pessoa e que não precisava fazer aquilo, numa tentativa de parar com o ataque, ele ficou furioso e começou a dar socos nela, talvez 10 vezes.
Ela pensou que se ficasse ali ela morreria - e imaginou a sua mãe chegando lá e a encontrando morta.
Ela disse a ele que eles estariam mais confortáveis na barraca e, quando caminhavam de volta ao acampamento, ela deu um grito de socorro, alertando a sua companheira de viagem.
A turista alemã tentou fugir mas foi atingida na cabeça com um martelo, por 4 vezes, e ele passou por cima do corpo dela com o seu carro.
Ambas as mulheres conseguiram escapar com vida e o homem foi detido nas dunas, mas o martelo e o facão alegadamente usados nunca foram encontrados.
Foi dito no tribunal que o homem ofereceu carona às mulheres de Adelaide a Melbourne, após responder um anúncio da brasileira no website Gumtree.
Ele se declarou inocente de todas as acusações e o julgamento continua, com um júri formado por 8 homens e 4 mulheres.