De acordo com a agente de imigração na Austrália, Karina Spooner, isso é possível, prática comum de vários casais, mas o processo não é tão simples como parece.
Listamos as 5 coisas mais importantes que deve saber para colocar o seu parceiro ou parceira como dependente no seu visto de estudante:
Comprovação de união estável e genuína
O casal tem que comprovar 12 meses de cohabitação (morando junto no mesmo endereço).
Outra opção, de acordo com Karina, é registrar a relação nos registros de relacionamento do governo de cada Estado ou Território. Para registrar o relacionamento no registro de relacionamento do estado de Vitória, por exemplo, o casal pode .
“O objetivo é comprovar que o casal está em uma relação de casamento ou em união de facto (estável),“ explica Karina Spooner, agente de imigração.
A relação pode ser comprovada também através de contas (de luz, telefone, provedor de internet) recebidas no mesmo endereço, empréstimos ou contratos de aluguel assinados por ambos, fotografias etc.
Comprovação de estadia temporária
Karina Spooner lembra que como o casal está aplicando para um visto temporário (Student Visa Subclass 500), tem que demonstrar que sua permanência na Austrália também é temporária.
“Isso é muito importante, porque às vezes o casal comprova a relação estável, mas não consegue provar que ficará na Austrália temporariamente (durante o período dos estudos), se não provarem isso, o visto será negado,” diz.
Estabilidade financeira
Uma situação financeira estável também é importante.
“O casal tem que provar que tem como se manter no país, conta bancária conjunta ajuda, tem que ter seguro saúde etc.”
Direitos trabalhistas para o parceiro dependente do visto de estudante
Todo (a) parceiro(a) que vá como dependente do visto do estudante pode estudar até 3 meses qualquer curso que desejar e trabalhar meio período como o aplicante principal. Em casos de mestrado (Ensino Superior), o parceiro dependente pode trabalhar em período integral.
“Depende muito do nível do curso que o aplicante titular fizer, o nível do curso do aplicante principal afeta as condições de estudo e trabalho do dependente,” avisa.
O mesmo se aplica para a validade do visto, o visto do parceiro vai expirar na mesma data de expiração do visto do aplicante principal. O casal deve então retornar para o país de origem ou renovar os vistos.
Registre o dependente na primeira aplicação para o visto
A dica mais importante para Karina no entanto, é relacionada à primeira aplicação para o visto de estudante.
A primeira coisa que o Departamento de Imigração vai fazer é analisar o histórico das aplicações anteriores para ver se o parceiro foi declarado como membro da família do aplicante. “Esse este ponto é essencial,” diz Karina. “A maioria das recusas acontecem por divergência desta informação: quando a relação não é mencionado logo no início, o processo fica bem mais lento.”
“Se o aplicante principal não declarou o parceiro na primeira vez que tirou o visto, ele tem que atualizar a imigração dessa situação antes de fazer a aplicação para o dependente, senão o visto pode ser negado.”
Clique no link acima para ouvir a entrevista completa com Karina Spooner, agente de imigração e com Helga Fernandes Smeja, empresária, com mestrado em Logística e Exportação na Austrália, que fala sobre os diversos vistos que já obteve, entre eles o Student Visa, High Skills Visa e Partner Visa.
“Uma das razões que optei por adicionar o meu parceiro no meu visto de estudante, foi para economizar com os custos,” conta Helga.
É recomendado adicionar o (a) parceiro (a) já na primeira aplicação para o visto de estudante. Source: Getty Images/Kondo Photography